Sábado, 19 de março de 2016

(2Sm 7,4-5.12-14.16; Sl 88[89]; Rm 4,13.16-18.22; Mt 1,16.18-21.24) 
São José. Esposo de Maria e Padroeiro da Igreja.

A Igreja celebra hoje um dos seus santos queridos e esposo da Virgem Maria. A figura de José atrai o nosso olhar pela especial vocação que é chamado a viver no mistério da salvação. Na liturgia da palavra se recorda a promessa feita a Davi de sua descendência estabelecida pelo próprio Deus. José é descendente da tribo davídica e é convidado a dar a Jesus esta linhagem estabelecida na promessa de um filho. É claro que o texto se aplica a Salomão, mas a liturgia contempla Jesus, o Messias, descendente de Davi. A segunda leitura faz uma referência ao ser justo de José, não pautado sobre a lei, mas sobre a fé que o leva a enxergar além e ver no filho que Maria traz no seio, a confirmação das promessas divina. De certo modo José é comparado a Abraão na sua resposta e na sua esperança. Como Abraão, aprendeu a confiar em Deus também nos momentos de incerteza e dificuldade, quando sua felicidade parecia comprometida. Conservou uma profunda fidelidade, permanecendo aberto à luz de Deus, que o iluminou, restituindo paz e alegria.  

Os dois textos nos preparam ao evangelho. A figura de José desperta em nós a admiração por assumir a responsabilidade de pai para Jesus, e tudo que concerne a essa vocação, unindo-se a Maria. Ele descobre nesse evento a vontade de Deus para ele. Não nos seria possível compreender a sua renúncia se não no campo da fé. Seu amor se eleva a uma altura sublime, pois não busca os próprios interesses, as próprias satisfações, mas se coloca completamente a serviço da pessoa amada.  

Só nos resta pedir a Deus essa mesma fé, confiança, docilidade, generosidade e pureza para nós e para todos aqueles que têm responsabilidade em nossa Igreja, mas que as maravilhas de Deus também se façam sentir no nosso tempo.


 Pe. João Bosco Vieira Leite