Segunda, 21 de março de 2016

(Is 42,1-7; Sl 26[27]; Jo 12,1-11) 
Semana Santa.

Nesses três dias que antecedem a quinta-feira Santa, as leituras que antecedem o evangelho fazem parte dos cânticos do servo sofredor, esse ser misterioso, que alguns intérpretes julgam ser uma pessoa, outros acham que ele representa o próprio povo, mas não nos percamos nesses detalhes, tomemos os textos como protótipo da paixão de Cristo em seus aspectos gerais. Hoje temos o seu chamado, seu caráter ou personalidade, suas virtudes são anunciadas e também sua missão.

Enquanto isso, Jesus que já se encontra nas proximidades de Jerusalém, vai a Betânia visitar os amigos. Num jantar a Ele oferecido, Maria executa uma ação simbólica que prenuncia a Sua morte. A unção com óleo é uma imagem do amor: “Maria toma uma libra de puro óleo de nardo, um perfume precioso, e unge com óleo os pés de Jesus. [...] a quantidade desmesurada do óleo lembra a abundância de vinho que Jesus mandou servir nas bodas de Caná. Nesse casamento se fez menção ao novo sabor da vida. Aqui se trata de uma fragrância preciosa que entra pelas narinas. O amor de Deus que se completa na morte de Jesus exala um odor agradável. A casa toda, a Igreja toda, o mundo todo ficam cheios desse aroma e se transformam” (Anselm Grun, “Jesus, porta para a vida”).



Pe. João Bosco Vieira Leite