Sábado, 12 de março de 2016

(Jr 11,18-20; Sl 07; Jo 7,40-53) 
4ª Semana da Quaresma.

O profeta Jeremias como que empresta voz a Jesus a partir do seu drama interior e sua oração a Deus. O salmo reforça esse quadro dramático do inocente perseguido. Enquanto isso, João nos oferece mais um quadro da polêmica entre Jesus e os judeus. Estão divididos entre o que captam das palavras e do testemunho de Jesus e dos esquemas pré-estabelecidos que carregam da fé e da tradição. Até os próprios guardas que iriam prendê-lo se vêm confusos em meio a essa discussão. “Mas esta palavra tem tanto poder que toca e convence até aqueles que lutam contra ela, Jesus irradia uma força à qual ninguém consegue subtrair-se. Quando os fariseus reclamam dos criados e do povo ignorante. Nicodemos toma partido de Jesus [...]. Os criados e o povo são uma imagem dos primeiros cristãos que vieram das classes mais humildes e não tinham instrução. Nicodemos, porém, argumenta a partir da dogmática judaica. Ele quer ver respeitada a ordem judaica. Ele representa o judeu que faz um esforço sincero para entender Jesus e vê-lo corretamente. Nicodemos convida os judeus a optarem por Jesus. Quem lê as escrituras de maneira correta pode descobrir nelas que em Jesus se cumprem todas as promessas” (Anselm Grun – “Jesus, porta para a vida”).

Pe. João Bosco Vieira Leite