(Jr 11,18-20; Sl 07; Jo 7,40-53)
4ª Semana da Quaresma.
O profeta Jeremias como que empresta
voz a Jesus a partir do seu drama interior e sua oração a Deus. O salmo reforça
esse quadro dramático do inocente perseguido. Enquanto isso, João nos oferece
mais um quadro da polêmica entre Jesus e os judeus. Estão divididos entre o que
captam das palavras e do testemunho de Jesus e dos esquemas pré-estabelecidos
que carregam da fé e da tradição. Até os próprios guardas que iriam prendê-lo
se vêm confusos em meio a essa discussão. “Mas esta palavra tem tanto poder que
toca e convence até aqueles que lutam contra ela, Jesus irradia uma força à
qual ninguém consegue subtrair-se. Quando os fariseus reclamam dos criados e do
povo ignorante. Nicodemos toma partido de Jesus [...]. Os criados e o povo são
uma imagem dos primeiros cristãos que vieram das classes mais humildes e não
tinham instrução. Nicodemos, porém, argumenta a partir da dogmática judaica.
Ele quer ver respeitada a ordem judaica. Ele representa o judeu que faz um
esforço sincero para entender Jesus e vê-lo corretamente. Nicodemos convida os
judeus a optarem por Jesus. Quem lê as escrituras de maneira correta pode
descobrir nelas que em Jesus se cumprem todas as promessas” (Anselm Grun –
“Jesus, porta para a vida”).
Pe. João Bosco Vieira Leite