(Jr 11,18-20; Sl 07; Jo 7,40-53)
4ª Semana da Quaresma.
“Por acaso algum dos
chefes ou dos fariseus acreditou nele?” Jo 7,48.
“Uma pessoa que tem
um cargo de mando, uma posição política ou a direção de uma empresa é sempre
vista como autoridade. Pessoas que dirigem um povo ou uma instituição são
saudadas nos discursos e eventos com a famosa introdução: ‘As distintas
autoridades civis, militares e eclesiásticas aqui presentes’. Tudo isso não
passaria de mera formalidade ou se reduziria a um simples título se a pessoa em
questão não mostrar na sua vida e no seu modo de agir uma mística. Em quem ou
no quê acreditam as autoridades? Sozinho não se pode fazer muito; é melhor,
portanto, buscar a força do Grande Outro. A verdadeira obra de alguém deve ser
sempre um espelho de uma obra maior. Uma lei, um ofício, um trabalho
específico, uma liderança, para ser eficiente tem que ser a concretização de um
vigor, de uma vitalidade que manifeste o Espírito. O humano pode ser o pastor
de todas as coisas, porém no centro de tudo está o Senhor que a tudo conduz
usando o humano como seu instrumento. É preciso cuidar para que a presença do
Senhor esteja em todas as atividades, não se pode excluir o Senhor de qualquer
experiência humana. Quem acredita nisto e assume ter a inspiração do Senhor
conduz melhor. A autoridade nasce do que se acredita e da dinâmica interna que
se extravasa nas mãos de todos os afazeres. Por isso vale a pergunta: ‘Por
acaso há alguém que acreditou n’Ele?’ – Senhor, que em todas as nossas
atividades opere a força de uma inspiração. Fazei-nos, Senhor, instrumentos de
vossa ação criadora. Amém!” (Vitório Mazzuco Filho – Graças
a Deus [1995] – Vozes).
Pe. João Bosco Vieira Leite