Sábado, 20 de março de 2021

(Jr 11,18-20; Sl 07; Jo 7,40-53) 

4ª Semana da Quaresma.

“Por acaso algum dos chefes ou dos fariseus acreditou nele?” Jo 7,48.

“Uma pessoa que tem um cargo de mando, uma posição política ou a direção de uma empresa é sempre vista como autoridade. Pessoas que dirigem um povo ou uma instituição são saudadas nos discursos e eventos com a famosa introdução: ‘As distintas autoridades civis, militares e eclesiásticas aqui presentes’. Tudo isso não passaria de mera formalidade ou se reduziria a um simples título se a pessoa em questão não mostrar na sua vida e no seu modo de agir uma mística. Em quem ou no quê acreditam as autoridades? Sozinho não se pode fazer muito; é melhor, portanto, buscar a força do Grande Outro. A verdadeira obra de alguém deve ser sempre um espelho de uma obra maior. Uma lei, um ofício, um trabalho específico, uma liderança, para ser eficiente tem que ser a concretização de um vigor, de uma vitalidade que manifeste o Espírito. O humano pode ser o pastor de todas as coisas, porém no centro de tudo está o Senhor que a tudo conduz usando o humano como seu instrumento. É preciso cuidar para que a presença do Senhor esteja em todas as atividades, não se pode excluir o Senhor de qualquer experiência humana. Quem acredita nisto e assume ter a inspiração do Senhor conduz melhor. A autoridade nasce do que se acredita e da dinâmica interna que se extravasa nas mãos de todos os afazeres. Por isso vale a pergunta: ‘Por acaso há alguém que acreditou n’Ele?’ – Senhor, que em todas as nossas atividades opere a força de uma inspiração. Fazei-nos, Senhor, instrumentos de vossa ação criadora. Amém!” (Vitório Mazzuco Filho – Graças a Deus [1995] – Vozes).  

  Pe. João Bosco Vieira Leite