(Dn 3,14-20.24.49.91-92.95; Sl Dn 3; Jo 8,31-42)
5ª Semana da Quaresma.
“Conhecereis a
verdade, e a verdade vos libertará” Jo 8,32
“A série de
mal-entendidos em torno das palavras de Jesus prosseguiu com aqueles que diziam
ter crido nele. Jesus queria ajuda-los a abrir-se para a novidade revelada
mediante a sua palavra. Ela é que poderia torna-los, efetivamente, livres da
escravidão da interpretação estreita da Lei, e coloca-los no verdadeiro caminho
do Pai. Somente o Filho Jesus estava em condições de proporcionar-lhes esta
liberdade. Os judeus, tomando as palavras do Mestre num sentido indevido,
afirmavam que não precisavam de libertação, pois jamais foram escravos de
ninguém. Seria necessário Jesus explicar-lhes melhor. A libertação trazida por
Jesus tocava o mais íntimo do ser humano e o libertava da tirania do pecado.
Escravos do pecado, os judeus mantinham-se fechados aos apelos que Deus lhes
dirigia por meio de seu Filho. Sua rebeldia contra Deus manifestava-se na
intenção de matar Jesus, de modo a fazer calar a palavra que lhes era dirigida.
Ao mesmo tempo que julgavam ter Deus como Pai, tentavam eliminar o seu enviado.
Por inspiração de um pai espúrio, e não do Pai de Jesus, é que agiam. Enquanto
se deixassem levar por este pai, recusando-se a acolher Jesus como Filho do
verdadeiro Pai, continuariam escravos do pecado. A superação desta situação
supunha acolher Jesus e deixar-se converter por sua palavra. – Senhor Jesus, que tua palavra libertadora
caia no meu coração e me liberte da escravidão do pecado” (Pe. Jaldemir
Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano B] -
Paulinas).
Pe. João Bosco Vieira Leite