(2Jo 4-9; Sl 118[119]; Lc 17,26-37)
32ª Semana do Tempo Comum.
“Os discípulos
perguntaram: ‘Senhor, onde acontecerá isso?’ Jesus respondeu:
‘Onde estiver o
cadáver, aí se reunirão os abutres’”. Lc 17,37.
“Os apóstolos desejam
saber o lugar do julgamento final. A resposta de Jesus significa que isto não
lhes deve causar preocupação, pois todos serão levados à presença do juiz.
Assim como os abutres procuram cadáveres, os anjos irão, no dia do juízo,
buscar os homens, onde quer que se encontrem, para comparecerem diante do
Senhor Jesus. As palavras de Jesus se referem ao dia do filho do homem, ‘dia da
vingança’, conforme a linguagem bíblica (Lc 17,34). O castigo será, como
sempre, de maneira desigual, mas será grave. A população será desfalcada de uma
metade (‘um será tomado e outro deixado’ – v. 34-36). A conclusão (v. 37) torna
mais grave o anúncio. Os apóstolos, curiosos, querem saber onde e como se
efetuará o castigo, mas a resposta de Jesus generaliza sua extensão. O
provérbio ao qual ele recorre – ‘onde estiver o cadáver, ali se juntarão os
abutres’ – não é animador. Como os corpos inertes dos animais não escapam aos
abutres, assim os malvados não escaparão ao filho do homem que vem à frente dos
exércitos estrangeiros que invadirão a terra de Israel e punirão ‘em nome de
Deus’ a nação rebelde. Este trecho do Evangelho nos convida à vigilância. Diz,
a propósito da manifestação de Jesus, que será inesperada. Afirma que, naquele
momento, continuarão os homens a fazer o que sempre fizeram e, subitamente,
virá o Senhor. Jesus, entretanto, não disse isto para deixar-nos num clima de
suspense ou de medo, mas para convidar-nos a manter os corações abertos para
ele. – Senhor, meu coração está aberto para vós. Vinde, Senhor Jesus.
Amém” (Ralfy Mendes de Oliveira – Graças a Deus [1995]
– Vozes).
Pe. João Bosco Vieira Leite