Sexta, 13 de novembro de 2020

(2Jo 4-9; Sl 118[119]; Lc 17,26-37) 

32ª Semana do Tempo Comum.

“Os discípulos perguntaram: ‘Senhor, onde acontecerá isso?’ Jesus respondeu:

‘Onde estiver o cadáver, aí se reunirão os abutres’”. Lc 17,37.

“Os apóstolos desejam saber o lugar do julgamento final. A resposta de Jesus significa que isto não lhes deve causar preocupação, pois todos serão levados à presença do juiz. Assim como os abutres procuram cadáveres, os anjos irão, no dia do juízo, buscar os homens, onde quer que se encontrem, para comparecerem diante do Senhor Jesus. As palavras de Jesus se referem ao dia do filho do homem, ‘dia da vingança’, conforme a linguagem bíblica (Lc 17,34). O castigo será, como sempre, de maneira desigual, mas será grave. A população será desfalcada de uma metade (‘um será tomado e outro deixado’ – v. 34-36). A conclusão (v. 37) torna mais grave o anúncio. Os apóstolos, curiosos, querem saber onde e como se efetuará o castigo, mas a resposta de Jesus generaliza sua extensão. O provérbio ao qual ele recorre – ‘onde estiver o cadáver, ali se juntarão os abutres’ – não é animador. Como os corpos inertes dos animais não escapam aos abutres, assim os malvados não escaparão ao filho do homem que vem à frente dos exércitos estrangeiros que invadirão a terra de Israel e punirão ‘em nome de Deus’ a nação rebelde. Este trecho do Evangelho nos convida à vigilância. Diz, a propósito da manifestação de Jesus, que será inesperada. Afirma que, naquele momento, continuarão os homens a fazer o que sempre fizeram e, subitamente, virá o Senhor. Jesus, entretanto, não disse isto para deixar-nos num clima de suspense ou de medo, mas para convidar-nos a manter os corações abertos para ele. – Senhor, meu coração está aberto para vós. Vinde, Senhor Jesus. Amém (Ralfy Mendes de Oliveira – Graças a Deus [1995] – Vozes).  

Pe. João Bosco Vieira Leite