(Ap 15,1-4; Sl 97[98]; Lc 21,12-19)
34ª Semana do Tempo Comum.
“Antes que essas
coisas aconteçam, sereis presos e perseguidos; sereis entregues às sinagogaas e
postos na prisão; sereis levados diante de reis e governadores por causa do meu
nome” Lc 21,12.
“Disse Jesus a seus
discípulos que eles seriam julgados pelos outros e nem sempre bem julgados (cf.
Lc 21,12). Pelo fato de serem bons e misericordiosos, generoso e pacíficos,
encontrariam sempre oposição e hostilidade da parte daqueles que não querem
vê-los como mensageiros de Deus. Jesus chega a dizer-lhes: ‘Sereis entregues
até mesmo pelos pais e irmãos, por parentes e amigos... sereis odiados por
causa do meu nome, mas, pela paciência, salvareis vossas vidas’. As palavras de
Jesus são também para os cristãos de hoje que não devem temer o juízo dos
homens quando estes lhes condenam a fé, a religiosidade e a prática moral. Não
se devem deixar influenciar pelo julgamento daqueles que preferem uma vida
cristã menos corajosa, menos explícita, menos firme em suas opções. O cristão
não pode temer ironias, contradições, oposições, perseguições. O que lhe
interessa é o julgamento de Deus, que é sempre justo e misericordioso. Tendo
sempre vivido à luz da bondade de Deus, o cristão não pode esquecer a
misericórdia divina, que é para ele fonte de perdão e de paz. É o juízo de Deus
que preocupa o cristão e não o dos homens, muito menos o dos que não creem. Há
diferenças entre o juízo de Deus e dos homens. Este, em geral, nos torna
pusilânimes, medrosos, conformistas e sem caráter. O pensamento do juízo de
Deus é salutar e nos abre à santidade. – Senhor Deus, fazei que vivamos
nossa vida não influenciados pelo julgamento dos outros, mas pelo vosso, que é
perfeito e santo. Amém” (Ralfy Mendes de Oliveira – Graças a
Deus [1995] – Vozes).
Pe. João Bosco Vieira Leite