Quarta, 4 de novembro de 2020

(Fl 2,12-18; Sl 26[27]; Lc 14,25-33) 

31ª Semana do Tempo Comum.

“Do mesmo modo, portanto, qualquer um de vós, se não renunciar a tudo o que tem,

não pode ser meu discípulo” Lc 14,33.

“Os discípulos foram advertidos a respeito de várias atitudes incompatíveis com a sua opção. Deviam estar atentos, se não quisessem fracassar seu processo de adesão a Jesus. Era preciso precaver-se contra o perigo de colocar interesses familiares acima das solicitações do Reino, a ponto de perder a liberdade de ação e não estar onde o Reino exigisse. Isto vale também para os projetos pessoais. Quem não for capaz de abrir mão deles e assumir plenamente projeto de Deus, não está em condições de fazer-se discípulo. Também o medo e a insegurança são incompatíveis com o Reino. Por isso, o discípulo deve estar disposto a abrir mão da própria vida, e enfrentar o martírio, se as circunstâncias o exigirem. O apego exagerado à segurança pessoal pode inviabilizar o discipulado, e bloquear o discípulo em situações importantes em que deve dar testemunho de sua fé. Outra atitude condenável é a leviandade, que dá ocasião para uma opção superficial pelo Reino e leva o discípulo a abandoná-la na primeira dificuldade que encontra. A superficialidade do discípulo não lhe permite avaliar corretamente as dimensões do passo que deve dar. Por isso, sua dinâmica vocacional tem pouco fôlego. Ele não irá longe! Jesus recomendou aos discípulos renunciar a tudo, se quisessem segui-lo. Só pode ser discípulo, de fato, quem está totalmente ancorado em Deus. – Pai, reforça minha disposição a ser discípulo de teu Reino, afastando tudo quanto possa abalar a solidez de minha adesão a ti e a teu Filho Jesus (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano A] - Paulinas).

 Pe. João Bosco Vieira Leite