Quinta, 16 de fevereiro de 2017

(Gn 9,1-13; Sl 101[102]; Mc 8,27-33) 
6ª Semana do Tempo Comum.

A criação parece ganhar nova direção a partir do fim do dilúvio. De fato, o homem se tornou ‘objeto de medo e terror para todos os animais da terra... ’ Há uma entrega e não uma recomendação de cuidar. Justifica-se o não comer animais sufocados. Salienta-se o valor da vida e as consequências da violência.  Mas nesse cenário um tanto diferente do início, é o próprio Deus que estabelece uma aliança, assumindo o compromisso de manter a sua criação.

Bem no centro de sua narrativa Marcos insere essa parada de Jesus para uma espécie de balanço com os seus discípulos. A pergunta que tantas vezes a multidão faz sobre Jesus, é a mesma que ele lança aos seus discípulos. As respostas dos discípulos parecem apontar para uma falta de clareza da multidão, como se Jesus fosse mais um no cenário da história de Israel. A resposta pessoal traduzida por Pedro revela um olhar um pouco além, mas não de todo completo, pois não contempla o mistério da cruz. Senhor, “Que o vosso Espírito nos ajude a crer de todo o coração e a confessar com as obras que Jesus é o Cristo, para vivermos segundo a sua Palavra e exemplo, certos de que salvaremos a nossa vida somente quando tivermos a coragem de perdê-la” (Giuseppe Casarin – Lecionário Comentado – Tempo Comum – Paulus).


 Pe. João Bosco Vieira Leite