(Gn 9,1-13; Sl 101[102]; Mc 8,27-33)
6ª Semana do Tempo
Comum.
A criação parece ganhar nova direção a
partir do fim do dilúvio. De fato, o homem se tornou ‘objeto de medo e terror
para todos os animais da terra... ’ Há uma entrega e não uma recomendação de
cuidar. Justifica-se o não comer animais sufocados. Salienta-se o valor da vida
e as consequências da violência. Mas nesse cenário um tanto diferente do
início, é o próprio Deus que estabelece uma aliança, assumindo o compromisso de
manter a sua criação.
Bem no centro de sua narrativa Marcos
insere essa parada de Jesus para uma espécie de balanço com os seus discípulos.
A pergunta que tantas vezes a multidão faz sobre Jesus, é a mesma que ele lança
aos seus discípulos. As respostas dos discípulos parecem apontar para uma falta
de clareza da multidão, como se Jesus fosse mais um no cenário da história de
Israel. A resposta pessoal traduzida por Pedro revela um olhar um pouco além,
mas não de todo completo, pois não contempla o mistério da cruz. Senhor, “Que
o vosso Espírito nos ajude a crer de todo o coração e a confessar com as obras
que Jesus é o Cristo, para vivermos segundo a sua Palavra e exemplo, certos de
que salvaremos a nossa vida somente quando tivermos a coragem de perdê-la” (Giuseppe
Casarin – Lecionário Comentado – Tempo Comum – Paulus).
Pe. João Bosco Vieira Leite