Sexta, 17 de fevereiro de 2017

(Gn 11,1-9; Sl 32[33]; Mc 8,34—9,1) 
6ª Semana do Tempo Comum.

Essa narrativa da torre de Babel serve a muitas interpretações, talvez não seja uma resposta para diversidade das línguas, mas sim para a tentativa humana de unificação e criação de uma forma de poder que não respeitasse a diversidade pensada pelo Criador. O futuro continua  ‘duvidoso’, mas Deus permanece atento a todos os projetos que ameaçam a diversidade de sua criação.

“Quem decidiu em seu coração que vale a pena ser cristão até o fim, aprende à sua custa a verdade que o Senhor lhe propõe. Assim experimenta a fadiga de colocar Jesus e a sua Palavra no centro da sua vida, dizendo ‘não’ decididos e radicais às ideias e projetos próprios, mesmo à custa de passar por alguém que renega o bom senso aceito pela maioria (8,3.38). Não se trata de abraçar a Cruz, porque é bonita em si mesma (é de resto um instrumento de morte), mas de manter-se fiel às opções próprias de vida, até às mais extremas consequências. Será a História que as indicará a cada crente. Com efeito, Jesus não diz: ‘Tome a minha Cruz’, mas ‘a sua’, aquela que de cada vez as situações lhe apresentarão. Pode acontecer que o ‘preço a pagar’ seja perder as seguranças econômicas e sociais (8,35) ou o confessar, mesmo com custo da própria vida, que só Jesus de Nazaré é o Messias e o Salvador do mundo (8,38). Através destes sinais, de fraqueza para o mundo, passa o poder fecundante do Reino de Deus (9,1; cf. 1Cor 1,25-31; 2Cor 12,7-10)” (Giuseppe Casarin – Lecionário Comentado – Tempo Comum – Paulus).


 Pe. João Bosco Vieira Leite