(Gn 11,1-9; Sl 32[33]; Mc 8,34—9,1)
6ª Semana do Tempo Comum.
Essa narrativa da torre de Babel serve
a muitas interpretações, talvez não seja uma resposta para diversidade das
línguas, mas sim para a tentativa humana de unificação e criação de uma forma
de poder que não respeitasse a diversidade pensada pelo Criador. O futuro
continua ‘duvidoso’, mas Deus permanece
atento a todos os projetos que ameaçam a diversidade de sua criação.
“Quem decidiu em seu
coração que vale a pena ser cristão até o fim, aprende à sua custa a verdade
que o Senhor lhe propõe. Assim experimenta a fadiga de colocar Jesus e a sua
Palavra no centro da sua vida, dizendo ‘não’ decididos e radicais às ideias e
projetos próprios, mesmo à custa de passar por alguém que renega o bom senso
aceito pela maioria (8,3.38). Não se trata de abraçar a Cruz, porque é bonita
em si mesma (é de resto um instrumento de morte), mas de manter-se fiel às
opções próprias de vida, até às mais extremas consequências. Será a História
que as indicará a cada crente. Com efeito, Jesus não diz: ‘Tome a minha Cruz’,
mas ‘a sua’, aquela que de cada vez as situações lhe apresentarão. Pode
acontecer que o ‘preço a pagar’ seja perder as seguranças econômicas e sociais
(8,35) ou o confessar, mesmo com custo da própria vida, que só Jesus de Nazaré
é o Messias e o Salvador do mundo (8,38). Através destes sinais, de fraqueza
para o mundo, passa o poder fecundante do Reino de Deus (9,1; cf. 1Cor 1,25-31;
2Cor 12,7-10)” (Giuseppe Casarin – Lecionário Comentado – Tempo
Comum – Paulus).
Pe. João Bosco Vieira Leite