Quarta, 15 de fevereiro de 2017

(Gn 8,6-13.20-22; Sl 115[116b]; Mc 8,22-26) 
6ª Semana do Tempo Comum.

Temos a conclusão do dilúvio com o retorno à terra firme, oferecimento de sacrifício e conclusão por parte de Deus de que, por causa do ser humano, não há porque amaldiçoar a terra, ‘pois as inclinações do seu coração são más desde a juventude’. Uma conclusão nada positiva do autor sagrado, mas que aponta para a gratuidade do perdão divino que não está condicionado pelas opções erradas do ser humano.

O milagre do cego do evangelho de hoje está em estreita relação com os fatos acontecidos anteriormente, onde Jesus salientava que, apesar de terem olhos, os discípulos não enxergavam. A cura feita por etapa parece apontar para essa graduação do crescimento espiritual ou reconhecimento de quem é Jesus. Percebemos que a cegueira não era de nascença, pois ele distingue as árvores. Os discípulos também precisam ser curados dessa cegueira que os acompanha e não lhe permite compreender quem é Jesus. Risco comum a todo discípulo é manter-se na superficialidade de sua fé. É preciso deixar-se conduzir por Jesus para fora desse lugar comum e se deixar inundar por sua luz para vermos mais claramente todas as coisas.


 Pe. João Bosco Vieira Leite