Quarta, 01 de fevereiro de 2017

(Hb 12,4-7.11-15; Sl 102[103]; Mc 6,1-6) 
4ª Semana do Tempo Comum.

Retomando o último versículo do texto anterior, o texto de hoje segue uma reflexão em torno dos sofrimentos enfrentados pelos que vivem a fé. Ele os lê na perspectiva de quem se submete, através desses, a uma correção feita pelo próprio Deus, que permite tais fatos, mas que não deixa de conceder a estes paz e alegria. É o resultado inverso que vimos no sermão da montanha desse domingo. Por isso o convite à perseverança, fortalecendo a fé e procurando perceber as mudanças necessárias no discipulado.

Mais uma rejeição de Jesus se projeta no cenário que Marcos apresenta de sua atuação em meio povo. Dessa vez um tanto dolorosa por se tratar dos próprios conterrâneos. O ponto acentuado na narrativa é a falta de fé destes.  Mas deixa claro aos seus discípulos que nem sempre a Palavra é acolhida prontamente, ela pode gerar reações inesperadas, pois mexem com antigos esquemas. Diante da falta de fé e de acolhimento, só lhe resta afastar-se e esperar outro momento mais oportuno. Nem sempre as pessoas estão preparadas para acolherem certas verdades. “Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, Vós que quisestes entregar o vosso Filho Unigênito ao mistério da morte de Cruz para acolher e redimir na Sua ressurreição todos os sofrimentos do mundo, concedei a todos os que foram associados À Sua perseguição da parte dos homens, viverem o mesmo abandono confiante nas Vossas mãos, de modo a participarem na Sua vitória sobre os poderes do Maligno”(Giuseppe Casarin – Lecionário Comentado – Tempo Comum – Paulus).


Pe. João Bosco Vieira Leite