(Hb 12,4-7.11-15; Sl 102[103]; Mc 6,1-6)
4ª Semana do Tempo
Comum.
Retomando o último versículo do texto
anterior, o texto de hoje segue uma reflexão em torno dos sofrimentos
enfrentados pelos que vivem a fé. Ele os lê na perspectiva de quem se submete,
através desses, a uma correção feita pelo próprio Deus, que permite tais fatos,
mas que não deixa de conceder a estes paz e alegria. É o resultado inverso que
vimos no sermão da montanha desse domingo. Por isso o convite à perseverança,
fortalecendo a fé e procurando perceber as mudanças necessárias no discipulado.
Mais uma rejeição de Jesus se projeta
no cenário que Marcos apresenta de sua atuação em meio povo. Dessa vez um tanto
dolorosa por se tratar dos próprios conterrâneos. O ponto acentuado na
narrativa é a falta de fé destes. Mas deixa claro aos seus discípulos que
nem sempre a Palavra é acolhida prontamente, ela pode gerar reações
inesperadas, pois mexem com antigos esquemas. Diante da falta de fé e de
acolhimento, só lhe resta afastar-se e esperar outro momento mais oportuno. Nem
sempre as pessoas estão preparadas para acolherem certas verdades. “Pai
de Nosso Senhor Jesus Cristo, Vós que quisestes entregar o vosso Filho
Unigênito ao mistério da morte de Cruz para acolher e redimir na Sua
ressurreição todos os sofrimentos do mundo, concedei a todos os que foram
associados À Sua perseguição da parte dos homens, viverem o mesmo abandono
confiante nas Vossas mãos, de modo a participarem na Sua vitória sobre os
poderes do Maligno”(Giuseppe Casarin – Lecionário Comentado –
Tempo Comum – Paulus).
Pe. João Bosco Vieira Leite