Terça, 10 de novembro de 2015


(Sb 2,23-3,9; Sl 33[34]; Lc 17,7-10)

Segundo o autor do livro da sabedoria, a morte entrou no mundo pelas mãos do diabo, como reação a sua inveja pela criação do homem, assim, só morrem de fato os que a ele pertencem, pois a vida daqueles que creem está em Deus, mesmo que atravessem o vale da morte. Esse texto é muito presente em celebrações exequiais (pelos mortos), pois traduz o mistério da fé diante da tragédia da morte aos olhos humanos. Que o Senhor nos dê a mesma confiança e certeza que deu ao autor sagrado.

Nossa vida muitas vezes se move na esperança que reconheçam o bem ou favor que praticamos nem que seja com um simples obrigado. Naturalmente normal. Mas nas nossas relações com Deus, Jesus nos adverte para não ficarmos sempre esperando que Ele nos “agradeça” por termos feitos o que devemos fazer, nos ensina a parábola. Na realidade o que fazemos não é um “favor”, mas um reconhecimento que andar na sua presença e agir como nos pede é pura graça dele mesmo. No evangelho desse domingo, a segunda viúva nos ensinava que nem sempre Deus responde de forma imediata às nossas preces, nem do modo que esperamos e que a as bênçãos de Deus não são necessariamente para esta vida. Há coisas que nos estão reservadas que desconhecemos.
  


Pe. João Bosco Vieira Leite