Sexta, 13 de novembro de 2015


(Sb 13,1-9; Sl 18A[19]; Lc 17,26-37) 
32ª Semana do Tempo Comum.

É interessante esse trecho do livro da Sabedoria, pois supõe que a contemplação da criação pode nos levar ao Criador, como fala o nosso catecismo, mas ele constata também que é possível que alguns fiquem no meio do caminho e passem a adorar alguns elementos criados, como muitos povos primitivos se encantaram com a força do fogo, com o sol, com a lua e as tratam como divindades. Mas esse ficar “no meio do caminho” é algo comum a todos os tempos, pois mesmo aqueles que ainda investigam esse vasto universo, são incapazes de admitir que algo ou alguém esteja por trás de tudo isso. Nossa liturgia lembra com o salmo que os céus proclamam a glória do Senhor. Rezar com a natureza, em atitude contemplativa, pode nos levar a uma especial experiência do poder, da sabedoria e do amor com que todas as coisas foram criadas.

Esse intrigante texto de Lucas fala da volta de Cristo, que se dará quando menos as pessoas estiverem esperando que aconteça. Alguns chamam a esse evento de “arrebatamento” e a partir daí se daria o fim deste mundo como o conhecemos. Não podemos ter a certeza que será dessa forma que descreve o autor, mas sabemos que ela se dará de algum modo, mesmo desconhecendo o dia e a hora. O que nos resta, em meio aos sinais que contemplamos desse mundo decadente em que vivemos é não perdermos a comunhão com Ele, de vivermos a dimensão do Reino, nem esquecer suas palavras. Por isso é que se diz: enquanto temos tempo, pratiquemos o bem.


Pe. João Bosco Vieira Leite