(1Mc 4,36-37.52-59; Sl 1Cr 29;
Lc 19,45-48)
33ª Semana do Tempo Comum
Por fim, depois da tribulação vem a recuperação da paz e se
estabelece um dia de memorial para não esquecer o valor da conquista. Hoje
também se celebra o dia da consciência negra a partir da memória de Zumbir dos
Palmares, nessa luta contínua de nossa pátria contra o preconceito.
Lucas ameniza a visita de Jesus ao Templo e a consequente
manifestação de sua indignação diante daquilo que a casa do seu Pai tinha se
transformado. Ao mesmo tempo ele oferece “pano para as mangas” dos seus
acusadores que ao mesmo tempo se veem perdido sobre que atitude tomar já que
Jesus tem grande influência sobre as massas. Lembre-se sempre de avaliar sua
relação com Deus na sua oração pessoal, para que seja realmente encontro e
descanso e não mero diálogo comercial...
Deixo esta pequena história de Anthony de Melo para ilustrar
o dia da Consciência Negra: “O Vendedor
de balões”
- Um homem bem velhinho vendia balões numa quermesse.
Evidentemente era um bom vendedor, pois deixou um balão vermelho soltar-se e
levar-se nos ares, atraindo, desse modo, uma multidão de jovens compradores de
balões. Havia ali perto um menino que observava atentamente o vendedor de
balões e, é claro, estava também apreciando os balões. Depois de ter soltado o
balão vermelho, o homem soltou um azul; depois um amarelo e finalmente um
branco. Todos foram subindo cada vez mais até sumirem de vista. O menino, de
olhar atento, seguia a cada um. Ficava imaginando mil coisas... Uma coisa o
aborrecia, o homem não soltava o balão preto. Então aproximou-se do vendedor de
balões e lhe perguntou: - “Se o senhor soltasse o balão preto, ele subiria
tanto quanto os outros?” O vendedor de balões sorriu para o menino, arrebentou
a linha que prendia o balão preto e, enquanto ele se elevava nos ares, disse: -
“Não é a cor, filho. É o que está dentro dele que o faz subir.”
Pe. João Bosco Vieira Leite