Quinta, 19 de novembro de 2015


(1Mc 2,15-29; Sl 49[50]; Lc 19,41-44) 
Santos Roque, Afonso e João, presbíteros e mártires.

A narrativa dos Macabeus segue com seu requinte de violência misturado ao compromisso da fé, mesmo dentro da religião há atitudes extremistas que colocam em cheque o seu verdadeiro sentido entre a fidelidade a Deus e o respeito à liberdade do outro. Talvez assim possamos compreender melhor porque a palavra de Jesus foi uma revolução no modo de ver e pensar a Deus, e quanto sua palavra continua encontrando resistência nas mentes e corações. Não é atoa que a oração pela conversão de todos aqueles que ainda não “conhecem” a Deus não pode ficar de fora das nossas intenções.

Jesus é o Deus que chora sobre a dramaticidade humana; na casa de Marta e Maria, por não saberem lidar com a perda e nem compreenderem o mistério da vida escondida em Deus; sobre Jerusalém, cujos habitantes não conseguiram abrir os olhos para perceberem que Deus mesmo os visitava de maneira tão identificada com seus dramas pessoais. Aquele Templo e seus arredores onde um dia Ele habitou de modo particular, seria completamente destruído. Hoje assistimos também a dramaticidade com que nossa gente e nossas cidades se afastam de Deus e desconhecem ou negam o seu amor. A proximidade da festa do Natal do Senhor nos coloca também nessa perspectiva de sua visita, de nosso acolhimento.


Padre João Bosco Vieira Leite