Quarta, 18 de novembro de 2015


(2Mc 7,1.20-31; Sl 16[17]; Lc 19,11-28) 
33ª Semana do Tempo Comum.

Chega a ser comovente esta narrativa da mãe que tem que assistir a morte de seus sete filhos, o texto deixa transparecer não só a sua confiança em Deus, seu testemunho de fé, mas também a fé na ressurreição. Ao falar do mistério da vida, ela crê que aquele que nos criou nos restituirá o espírito que nos foi dado desde o ventre materno. Ela sabe que Deus fará justiça ao seu tempo. Quem dera essa mesma confiança acalmasse nosso coração em momentos de tribulação, sabendo que tudo está nas mãos de Deus e a nós cabe tão somente perseverar nos propósitos da fé que nortearam a nossa vida.


A parábola dos talentos sofre uma releitura em Lucas tendo em vista o reinado de Jesus, enquanto Messias, sobre o povo que o deveria acolher. A todos foi oferecida a possibilidade de perceber e multiplicar a fé naquele que veio para congregar os filhos dispersos, mas como sempre, as reações podem ser diferentes, como inesperada pode ser a reação divina diante da resposta de cada um. O texto conclui enfatizando a subida de Jesus para cidade santa, sede do reinado divino. O texto fala a nós desse período entre sua vinda e sua volta, nessa sua “ausência” muito nos foi confiado. A graça, o dom não nos tem faltado, cada um administra da melhor forma possível, e com alegria. A negligência é um risco, pois a misericórdia não elimina a justiça, mesmo estando acima dela.

Pe. João Bosco Vieira Leite