(1Jo 1,1-4; Sl 96[97]; Jo 20,2-8) São João, apóstolo e evangelista.
“Então entrou também o outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo. Ele viu e acreditou” Jo 20,8.
“A experiência do discípulo amado, na manhã da ressurreição, é modelar para quem quer seguir Jesus. Logo que tomou o conhecimento do sepulcro vazio, ele correu para lá, seguido pelo apóstolo Pedro. Quando entrou no lugar onde o corpo do Mestre tinha sido colocado e não o encontrando, ‘viu e creu’ que tinha ressuscitado. A visão que levou à fé não podia ser puramente sensorial. Neste caso, ela supera a visão humana e atinge uma profundidade só acessível ao coração. Assim, toca-se o mais profundo da realidade. Trata-se de um ver teológico, dinamizado pelo Espírito, que permite penetrar no mistério de Deus, na medida que a limitação humana for capaz. Partindo deste requisito, compreende-se por que os adversários nunca superaram a simples visão física de Jesus e de seus feitos e palavras, incapazes de ir além, jamais puderam reconhecer nele o Filho de Deus e chegar ao ato de fé. O discípulo amado estabelecera com Jesus uma relação de tamanha intensidade que, ao ver o sepulcro vazio fosse uma prova da ressurreição, e assim porque o contemplá-lo pode compreender todo mistério que envolvia o evento Jesus, chegando a atingir-lhe o âmago: o Filho era objeto do amor do Pai, o qual não permitiria que ele experimentasse a corrupção. A visão física, portanto, serviu de pretexto para algo mais profundo. – Pai, reforça minha fé na ressurreição de teu Filho Jesus, pois com ela deste prova de amá-lo e destiná-lo para a comunhão eterna contigo” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano A] - Paulinas).
Pe. João Bosco Vieira Leite