(Gn 3,9-15.20; Sl 97[98]; Ef 1,3-6.11-12; Lc 1,26-38) Imaculada Conceição da Bem-aventurada Virgem Maria
“A festa da Imaculada Conceição leva-nos a pensar em Maria como a perfeita discípula que correspondeu plenamente aos anseios de Deus, movida pela graça. A fidelidade de Maria decorreu de um especial dom divino, o dom de nascer mais integrada do que nós, com mais capacidade de ser livre e de acolher a proposta divina. O anjo Gabriel alude a este dom divino quando a saudou como ‘repleta de graça’. Toda envolvida pelo amor divino, Maria soube colocar-se, em total disponibilidade, nas mãos de Deus, para cumprir sua santa vontade: ‘Eis a serva do Senhor, faça-se em mim conforme a tua palavra’. Uma tal comunhão com Deus excluía qualquer traço de egoísmo e de pecado. Só a plenitude da graça permitiu-lhe ser totalmente despojada de si para cumprir o projeto de Deus. Daqui brota a fé de que Maria, mesmo antes de nascer, foi preservada do pecado. A condição de ser agraciada por Deus não a eximiu do esforço de ser peregrina na fé, necessitada de crescer e de aprender, como acontece com todo ser humano. Sua originalidade consistiu em ter trilhado um caminho sempre positivo, sem fazer concessões às paixões desordenadas, ou ao próprio querer. A grandeza de seu testemunho de fé expressou-se na humildade com que viveu, num contínuo esforço de discernir a vontade de Deus em ser solícita em cumpri-la. – Pai, dá-me a graça de ser fiel a ti, como Maria, a perfeita discípula que soube discernir a tua santa vontade, e se mostrar solícita em realizá-la” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano A] - Paulinas).
Pe. João Bosco Vieira Leite