Segunda, 22 de dezembro de 2025

(1Sm 1,24-28; Sl 1Sm 2; Lc 1,46-56) 4ª Semana do Advento.

“Maria disse: ‘A minha alma engrandece o Senhor’” Lc 1,46.

“O evangelho de hoje traz o cântico de Maria, inspirado em outros cânticos do Antigo Testamento; é um mosaico de alusões e frases do Antigo Testamento, nos quais se canta a misericórdia e a bondade de Javé com os pobres e humildes, que são socorridos por sua providência. ‘E disse Maria: Minha alma glorifica ao Senhor, meu espírito exulta de alegria, em Deus, meu Salvador’ (vv. 46-47); este canto é a expressão mais elevada da alma de Maria; as lágrimas, alegria e esperanças de Israel encerram-se no coração de Maria, a Virgem. ‘Porque olhou para sua pobre serva’ (v. 48); a humildade de Maria é a causa da sua grandeza; como ela se humilhou até o mais íntimo, Deus a elevou à mais alta dignidade. ‘Olhar’ ou ‘pôr os olhos’, nos salmos, expressa frequentemente o amor eficiente de Deus. ‘Por isso, desde agora, me proclamarão bem-aventurada por todas as gerações’ (v. 48); por essa dignidade tão grande à qual Maria foi elevada, ela será bendita por todas as gerações’ (v. 48); por essa dignidade tão grande à qual Maria foi elevada, ela será bendita por todas as gerações cristãs de todos os tempos cantaram as glórias da Virgem humilde, que veio a ser a Mãe de Deus. ‘Porque realizou em mim maravilhas aquele que é poderoso’ (v. 49). A Virgem de Nazaré diz seu ‘sim’ ao plano de Deus e após esse ‘sim’ o Verbo de Deus se fez homem. Seu ‘nome é Santo, Sua misericórdia se estende de geração em geração, sobre os que o temem’ (v. 50). Santificar o nome de Deus é reconhecer sua suprema e absoluta transcendência. Já ao desvelar seu nome a Moisés, revela-se como o Misericordioso (Êxodo 35,6) e nenhuma obra era de maior misericórdia que a obra da redenção. ‘Manifestou o poder do seu braço: desconcertou os corações dos soberbos’ (v. 51). A metáfora do braço expressa o poder de Deus, que se manifesta em humilhar os soberbos e exaltar os humildes. ‘Derrubou do trono os poderosos e exaltou os humildes’ (v. 52). Se nós quisermos ser grandes aos olhos de Deus e ser amado por ele, devemos humilhar-nos perante os homens, reconhecendo nossa pequenez e miséria. ‘Saciou de bens os indigentes despediu de mãos vazias os ricos’ (v. 53). Maria coloca-se na linha de todos os pequenos, os humildes, os famintos de Israel; aquele que, por estarem vazios de si mesmos, estão cheios de Deus. ‘Acolheu a Israel, seu servo, lembrado da sua misericórdia’ (v. 54). Deus é misericordioso e acolhedor para com todos, pois sua misericórdia é infinita” (Alfonso Milagro – O Evangelho meditado para cada dia do ano – Ave-Maria).

 Pe. João Bosco Vieira Leite