(Jz 13,2-7.24-25; Sl 70[71]; Lc 1,1,5-25) 3ª Semana do Advento.
“Mas o anjo disse: ‘Não tenhas medo, Zacarias, porque Deus ouviu tua súplica. Tua esposa, Isabel, vai ter um filho, e tu lhe darás o nome de João’” Lc 1,13.
“Zacarias serviu-se da ocasião oferecida pelo serviço sacerdotal desempenhado no templo de Jerusalém para abrir seu coração a Deus, confessando-lhe a angústia de morrer sem deixar descendência. Sendo ele e sua mulher de idade avançada, com o agravante da esterilidade de Isabel, seria ingênuo imaginar que alguma novidade pudesse acontecer. Restava-lhes somente conformar-se com o opróbrio que lhes competia suportar. O sofrimento do casal Zacarias e Isabel tinha tudo a ver com o sofrimento do justo. Ambos eram irrepreensíveis na sua conduta religiosa. Nem um só mandamento ou preceito escapava de seu empenho de fidelidade a Deus. Por que, então, se abatera sobre eles a maldição de estarem fadados a morrer sem deixar descendência? A oração do justo, feita do mais profundo de sua dor, foi devidamente ouvida por Deus. O anjo do Senhor anuncia a Zacarias o nascimento de um filho, ao qual será dado o nome de João. Repleto do Espírito Santo, ser-lhe-ia confiada uma missão grandiosa: reconduzir os filhos de Israel para Deus, de modo a prepara-los para acolher a salvação que Deus reservara à humanidade, por meio do seu Messias. A superação da ignomínia dos justos – Zacarias e Isabel – foi além de suas expectativas. A misericórdia que lhe fora manifestada era um aspecto da benevolência mais ampla que o Pai reservara a toda a humanidade. – Pai, atendendo à oração de Zacarias, manifeste tua misericórdia para o justo sofredor. Sê também benévolo diante das nossas angústias” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano A] - Paulinas).
Pe. João Bosco Vieira Leite