(1Jo 2,12-17; Sl 95[96]; Lc 2,36-40) Oitava do Natal
“Havia também uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era de idade muito avançada; quando jovem, havia sido casada e vivera sete anos com o marido” Lc 2,36.
“A profetisa Ana completa a plêiade dos justos envolvidos nos eventos em torno do nascimento do Messias Jesus. De Zacarias e Isabel afirmou-se que eram ‘justos diante de Deus e caminhavam irrepreensíveis em todos os mandamentos e ordens do Senhor’. Isabel, ‘cheia do Espírito Santo’, proclamou as glórias da mãe do Salvador. João Batista, ‘desde o ventre materno’, esteve cheio do Espírito do Espírito Santo, destinado a ser ‘profeta do Altíssimo’, cujos caminhos haveria de preparar. Maria reconheceu-se ‘humilde serva do Senhor’, disposta a cumprir em tudo sua santa palavra. Fala-se pouco de José, sendo sublinhada somente sua prontidão em cumprir as leis civis (vai com Maria até Belém para alistar-se no recenseamento), bem como, as leis religiosas (no prazo previsto, vai com sua esposa e seu filho ao templo de Jerusalém realizar os ritos de purificação). Simeão é apresentado como um homem ‘justo e piedoso’, que esperava a realização das promessas divinas feitas a Israel. O Espírito revelou-lhe que não haveria de morrer ‘sem ver o Cristo Senhor’. O mesmo Espírito conduziu-o ao templo para o encontro com o Messias. Ana, por sua vez, é apresentada como uma mulher fiel e temente a Deus. A maior parte de sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor, no templo, com jejuns e orações. Sua piedade foi recompensada com a graça de reconhecer no menino Jesus a realização das esperanças de Israel. – Pai, dá-me a graça de ser piedoso e justo como as pessoas envolvidas no mistério da encarnação de teu Filho Jesus. Sejam elas para mim fonte de perene inspiração” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano A] - Paulinas).
Pe. João Bosco Vieira Leite