Terça, 13 de abril de 2021

(At 4,32-37; Sl 92[93]; Jo 3,7-15) 

2ª Semana da Páscoa.

“O vento sopra onde quer, e tu podes ouvir o seu ruído, mas não sabes de onde vem nem para onde vai.

Assim acontece a todo aquele que nasceu do Espírito” Jo 3,8.

“Toda a cultura teológica de Nicodemos, formado na mais estrita tradição judaica, foi insuficiente para compreender as palavras de Jesus. Ele entendia as palavras do Mestre, no sentido material, dando origem a sérios mal-entendidos. Jesus tentou fazê-lo ir além e entender suas palavras no seu verdadeiro sentido. O ensinamento do Mestre tinha uma profundidade que exigia mente e coração bem atentos em recebê-lo. Jesus revelava coisas celestes, ou seja, o desígnio do Pai em relação à humanidade. A compreensão desta verdade não dependia de altas teorias, pelo contrário superava os esquemas mentais puramente humanos. Ela fluía da fé depositada em Jesus. A fé exigia que ele fosse considerado naquilo que, de fato, era: o Filho enviado pelo Pai para propiciar vida eterna à humanidade. Portanto, Jesus não podia ser tomado apenas na sua dimensão humana e terrena. Sua palavra consistia num apelo do próprio Deus, e quando assumia na fé, tinha o poder de comunicar vida eterna a quem a acolhesse. O discípulo de Jesus precisava compreender que fé e vida eterna se interligam. Não existe outro caminho para obter a verdadeira vida senão por meio de Jesus. É pela força do Espírito que isto acontece. E só entra nesta dinâmica quem se deixa renovar por ele. – Senhor Jesus, faze-me renascer pelo Espírito que me conduz à fé e me leva a obter a verdadeira vida (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano B] - Paulinas).

Pe. João Bosco Vieira Leite