(Na 2,1.3; 3,1-3.6-7; Sl Dt 32; Mt 16,24-28)
18ª Semana do Tempo Comum.
Terminado o livro de Jeremias, a
liturgia introduz um trecho do profeta Naum. Seu pequeno livro, três capítulos,
data do VII século a. C.. Seu conteúdo é marcado por oráculos contra Nínive, a
orgulhosa capital da Assíria, devastada e ocupada pela Babilônia. O texto que
nos é oferecido contém um alegre anúncio para Judá, que já havia sido
aterrorizada pela Assíria, e a desgraça para Nínive. Não há aí uma
dimensão cristã na mensagem.
Diante da dificuldade de Pedro
compreender o processo da Cruz, Jesus adverte aqueles que o querem seguir sobre
o processo de abrir dos próprios pontos de vista para abraçar a lógica da Cruz.
“Quem segue Jesus fica com o coração alargado e oferece a Deus o seu eu frágil.
A verdadeira experiência de Deus só é possível quando soltamos o nosso ego, o
ser humano fica e perde o rumo. Portanto, a palavra da renúncia a si mesmo não
é uma palavra de cunho ascético, e sim místico. Nela aparece Jesus como mestre
da sabedoria mística. Jesus quer introduzir os seus discípulos numa espiritualidade
que deixa Deus ser Deus e que enxerga a realidade como ela é, sem querer
apropriar-se de Deus nem da realidade” (Anselm Grun, “Jesus mestre da
salvação”- Loyola).
Pe. João Bosco Vieira Leite