(2Cor 9,6-10; Sl 11[112]; Jo 12,24-26)
São Lourenço, diácono e mártir.
A Igreja celebra hoje a festa de São
Lourenço (= ‘o adornado com louros’), nascido na Espanha e depois residindo em
Roma foi ordenado diácono (para saber mais ver o comentário do ano anterior
sobre tal ministério) pelo Papa Sisto II. Na perseguição empreendida por
Valeriano, Lourenço quis acompanhar o Papa ao seu martírio, mas este preferiu
que ele cuidasse da Igreja e dos seus pobres. Ele segue ao papa em seu martírio
logo depois sendo queimado vivo, segundo a tradição, numa grelha: “Numa imagem
linguagem figurada: nossa vida deve ser bem assada, atravessada pelo fogo do
amor. Pode-se dizer que só assim nos tornamos nutritivos, só assim os outros
poderão viver de e por meio de nós. Mas não é apenas no fogo do amor que a vida
nos assa, mas também no fogo da paixão que arde em nós. As paixões não podem
ser cortadas. Elas devem ser transformadas. Nelas reside uma grande energia de
que precisamos para nos tornar bênçãos para os outros. O fogo é também imagem
dos apuros da vida, do calor da luta em que sempre caímos no dia a dia. Onde as
coisas esquentam, onde se luta e labuta, onde enfrentamos as controvérsias da
vida, é aí que acontece a transformação” (Anselm Grun - Cinquenta
Santos - Edições Loyola).
Da Palavra de Deus acolhemos a
exortação de Paulo a um coração generoso; Lourenço se empenhou esmeradamente em
cuidar dos pobres da comunidade de Roma. Paulo crê que Deus agirá generosamente
para com aqueles que semeiam sem receio. O evangelho enfatiza a realidade da
entrega da própria vida para que haja mais vida na imagem do trigo que morre
para renascer na dimensão do seguimento e do serviço.
Pe. João Bosco Vieira Leite