(1Cor 3,1-9; Sl 32[33; Lc 4,38-44)
22ª Semana do Tempo Comum.
O texto de Paulo soa como um lamento
sobre uma comunidade que ainda não amadureceu, não se tornou cristã de fato.
Atitudes acabam por revelar que a dinâmica do evangelho não foi aplicada ou
compreendida, pois, entre outras coisas, se apegam ao pregador confundido o
instrumento com o autor da mensagem. Essa realidade ainda se faz sentir em
nossas comunidades, demasiado ‘carnais’, no dizer de Paulo.
Os relatos de cura em Lucas têm
aspectos diferentes dos outros evangelistas, já que segundo a tradição ele era médico,
pelo domínio de uma certa linguagem médica. “A cura é para Lucas o
restabelecimento da boa criação. Quando Jesus cura uma pessoa, ele completa a
obra do Pai, e torna visível como o ser humano havia sido planejado, como obra
saído das mãos de Deus. Nessa combinação da imagem grega do homem com a ideia
bíblica da beleza e da perfeição originais da criação mostra-se a maestria do
escritor e teólogo Lucas” (Anselm Grun – Jesus, modelo do ser humano –
Loyola). Ao final o evangelho revela a sua consciência de expandir a sua
presença libertadora a outros.
Pe. João Bosco Vieira Leite