Quarta, 31 de agosto de 2016

(1Cor 3,1-9; Sl 32[33; Lc 4,38-44)
22ª Semana do Tempo Comum.

O texto de Paulo soa como um lamento sobre uma comunidade que ainda não amadureceu, não se tornou cristã de fato. Atitudes acabam por revelar que a dinâmica do evangelho não foi aplicada ou compreendida, pois, entre outras coisas, se apegam ao pregador confundido o instrumento com o autor da mensagem. Essa realidade ainda se faz sentir em nossas comunidades, demasiado ‘carnais’, no dizer de Paulo.

Os relatos de cura em Lucas têm aspectos diferentes dos outros evangelistas, já que segundo a tradição ele era médico, pelo domínio de uma certa linguagem médica. “A cura é para Lucas o restabelecimento da boa criação. Quando Jesus cura uma pessoa, ele completa a obra do Pai, e torna visível como o ser humano havia sido planejado, como obra saído das mãos de Deus. Nessa combinação da imagem grega do homem com a ideia bíblica da beleza e da perfeição originais da criação mostra-se a maestria do escritor e teólogo Lucas” (Anselm Grun – Jesus, modelo do ser humano – Loyola). Ao final o evangelho revela a sua consciência de expandir a sua presença libertadora a outros.
  

Pe. João Bosco Vieira Leite