(Ez 34,1-11; Sl 22[23]; Mt 20,1-16)
20ª Semana do Tempo Comum.
Esse texto de Ezequiel, recordado na
festa do Coração de Jesus, expressa a preocupação e o cuidado de Deus por seu
povo, mas também a censura sobre aqueles cuja missão seria cuidar do povo e não
o fizeram. A ruina de Jerusalém é consequência dessa falta de cuidado, e não só
isso, se aproveitaram do rebanho. Mas Deus vem sempre em socorro do seu povo,
pois mesmo antes de Moisés e de Davi, Ele já era o pastor de seu povo.
Jesus volta a fazer uma comparação
sobre o reino com essa parábola do patrão que contrata trabalhadores em horas
diversas, mas que ao final do dia recebem o mesmo salário. Certamente o viés
aqui não é econômico, mas do chamado que Deus faz a cada um para participar do
seu reino, que não é medido pelo tempo, pelo que realiza, mas pelo
comprometimento com esse reino: “O ser humano se sente valorizado quando é
chamado, convidado, aliciado. Quando me dedico ao trabalho que me é confiado,
sem querer comparar-me com os outros, torno-me um comigo mesmo, com Deus e com
os homens. Não preciso de mais nada para viver. Mas se eu desviar o olhar do
meu trabalho para observar os outros e me comparar com eles, ficarei
internamente dividido e descontente” (Anselm Grun, “Jesus mestre da salvação”-
Loyola).
Pe. João Bosco Vieira Leite