(Ez 18,1-10.13.30-32; Sl 50[51]; Mt 19,13-15)
19ª Semana do Tempo
Comum.
Esse texto traz uma nova compreensão à
justiça divina para o povo de Deus com relação a responsabilidade comunitária
dos erros cometidos por gerações anteriores. Segundo Ezequiel cada um é
responsável dos seus atos e não Deus que seguia castigando quem não teve nada a
ver. No caminho pessoal que fazemos escolhemos entre o bem e o mal. Assim a
conversão é sempre necessária para que haja um novo começo.
Esse belo e curto texto de Mateus,
muitas vezes proclamado na celebração do batismo de crianças, nos lembra essa
consciência materna da necessidade que os pequenos têm de serem introduzidos
nessa dinâmica da fé, recebendo de Jesus uma bênção para sua vida. “As crianças
precisam de proteção dos mais crescidos, sobretudo da proteção do maior de
todos, o Deus altíssimo. Jesus deve impor-lhes as mãos e invocar sobre elas a
proteção e a graça de Deus. Os Apóstolos não compreendem a grande confiança das
pessoas e já não têm presente a imagem do discípulo como a de uma criança que
Jesus lhes apresenta (Mt 18,3). O seu Mestre não só permite que as crianças
venham a Ele, mas afirma que o Reino dos Céus está preparado para elas. Também
eles são chamados e não estão excluídos das promessas do Pai. Crianças e
mulheres eram pouco consideradas pelos rabinos do tempo: a religião era assunto
para homens. Como Jesus promoveu a mulher, assim faz agora com as crianças.
Porventura, estas conhecem a Deus melhor do que os adultos: o Senhor escondeu
aos inteligentes e aos sábios aquilo que revelou aos pequeninos (Mt 11,25). A
Igreja seguiu esta atitude de Jesus concedendo o Batismo às crianças, mesmo que
não sejam capazes de confessar a sua fé. A elas se dá o Corpo de Cristo, logo
que sabem distinguir o pão eucarístico do pão comum” (Giuseppe Casarin – Lecionário
Comentado - Paulus).
Pe. João Bosco Vieira Leite