Sábado, 13 de agosto de 2016

(Ez 18,1-10.13.30-32; Sl 50[51]; Mt 19,13-15) 
19ª Semana do Tempo Comum.

Esse texto traz uma nova compreensão à justiça divina para o povo de Deus com relação a responsabilidade comunitária dos erros cometidos por gerações anteriores. Segundo Ezequiel cada um é responsável dos seus atos e não Deus que seguia castigando quem não teve nada a ver. No caminho pessoal que fazemos escolhemos entre o bem e o mal. Assim a conversão é sempre necessária para que haja um novo começo.

Esse belo e curto texto de Mateus, muitas vezes proclamado na celebração do batismo de crianças, nos lembra essa consciência materna da necessidade que os pequenos têm de serem introduzidos nessa dinâmica da fé, recebendo de Jesus uma bênção para sua vida. “As crianças precisam de proteção dos mais crescidos, sobretudo da proteção do maior de todos, o Deus altíssimo. Jesus deve impor-lhes as mãos e invocar sobre elas a proteção e a graça de Deus. Os Apóstolos não compreendem a grande confiança das pessoas e já não têm presente a imagem do discípulo como a de uma criança que Jesus lhes apresenta (Mt 18,3). O seu Mestre não só permite que as crianças venham a Ele, mas afirma que o Reino dos Céus está preparado para elas. Também eles são chamados e não estão excluídos das promessas do Pai. Crianças e mulheres eram pouco consideradas pelos rabinos do tempo: a religião era assunto para homens. Como Jesus promoveu a mulher, assim faz agora com as crianças. Porventura, estas conhecem a Deus melhor do que os adultos: o Senhor escondeu aos inteligentes e aos sábios aquilo que revelou aos pequeninos (Mt 11,25). A Igreja seguiu esta atitude de Jesus concedendo o Batismo às crianças, mesmo que não sejam capazes de confessar a sua fé. A elas se dá o Corpo de Cristo, logo que sabem distinguir o pão eucarístico do pão comum” (Giuseppe Casarin – Lecionário Comentado - Paulus).


Pe. João Bosco Vieira Leite