(1Jo 2,18-21; Sl 95[96];
Jo 1,1-18)
Oitava de Natal
João é o autor de uma nova denominação: “Anticristo” ou o
antimessias ou pseudomessias. Não é bem uma pessoa, e aqui mora o perigo, mas
trata-se de um certo “movimento” que semeiam confusão e enganos. Algo como o
que acontece em nossos tempos, mas certamente não os denominamos com tais
termos nesse mundo do “politicamente correto”. Ele pede discernimento pela ação
do Espírito em nós e firmeza no que foi aprendido sobre Cristo e nossa
fidelidade a Ele.
O evangelho retoma o texto da missa do dia de Natal.
Diferentemente dos outros evangelistas João não narra os fatos em torno do
nascimento de Jesus, prefere escrever um hino sobre o mistério da humanização
de Deus. Para ele isso é o mais importante. Um canto lida melhor com o
mistério, pois trabalha a partir de imagens. Isso já sabemos pelo próprio
cantar na liturgia e na vida. Se formos descrever parte por parte levaremos
bastante tempo, e muito já se escreveu sobre esse hino. Mas levando em conta o
fim de mais um ano, colocamo-nos numa atitude de profunda gratidão, pois
recebemos ao longo do ano as graças necessárias segundo a necessidade de cada
um de nós. Esse ano certamente precisaremos renovar o perdão misericordioso de
Deus para as nossas faltas, que nunca nos faltou e nos tem permitido avançar:
“De sua plenitude todos nós recebemos graça por graça”. Uma boa passagem de ano
para todos, que o Senhor nos abençoe nos guarde nos caminhos do novo ano que
está para começar. Amém.
Pe. João Bosco Vieira Leite