Quinta, 31 de dezembro de 2015


(1Jo 2,18-21; Sl 95[96]; Jo 1,1-18) 
Oitava de Natal

João é o autor de uma nova denominação: “Anticristo” ou o antimessias ou pseudomessias. Não é bem uma pessoa, e aqui mora o perigo, mas trata-se de um certo “movimento” que semeiam confusão e enganos. Algo como o que acontece em nossos tempos, mas certamente não os denominamos com tais termos nesse mundo do “politicamente correto”. Ele pede discernimento pela ação do Espírito em nós e firmeza no que foi aprendido sobre Cristo e nossa fidelidade a Ele.  

O evangelho retoma o texto da missa do dia de Natal. Diferentemente dos outros evangelistas João não narra os fatos em torno do nascimento de Jesus, prefere escrever um hino sobre o mistério da humanização de Deus. Para ele isso é o mais importante. Um canto lida melhor com o mistério, pois trabalha a partir de imagens. Isso já sabemos pelo próprio cantar na liturgia e na vida. Se formos descrever parte por parte levaremos bastante tempo, e muito já se escreveu sobre esse hino. Mas levando em conta o fim de mais um ano, colocamo-nos numa atitude de profunda gratidão, pois recebemos ao longo do ano as graças necessárias segundo a necessidade de cada um de nós. Esse ano certamente precisaremos renovar o perdão misericordioso de Deus para as nossas faltas, que nunca nos faltou e nos tem permitido avançar: “De sua plenitude todos nós recebemos graça por graça”. Uma boa passagem de ano para todos, que o Senhor nos abençoe nos guarde nos caminhos do novo ano que está para começar. Amém.

Pe. João Bosco Vieira Leite