Quinta, 17 de dezembro de 2015


(Gn 49,2.8-10; Sl 71[72]; Mt 1,1-17) 
3ª Semana do Advento

Entramos na etapa imediata de preparação ao Natal a partir de textos selecionados do Antigo Testamento e textos do Novo testamento que falam diretamente do nascimento de Jesus. A primeira leitura remonta à bênção dada por Jacó a seu filho Judá. Da tribo de Judá descenderá Davi e José o pai adotivo de Jesus: “O cetro não será tirado de Judá, nem o bastão de comando dentre seus pés, até que venha aquele a quem pertencem e a quem obedecerão os povos”. É Jesus, o filho de Davi, o Rei de Israel. Eis a leitura que fazemos do texto.

Mateus está preocupado em afirmar a descendência judaica de Jesus e abre seu evangelho com essa genealogia. Veja que ele fala em origem (Gênesis), Deus está criando um novo começo. Na sua visão universalista, ele insere o nome de quatro mulheres estrangeiras nessa sua genealogia. Podemos perceber no texto que ao nome masculino é atribuída a geração: “Jacó gerou José”, mas no caso de Jesus, nasceu de Maria, deixando claro a sua virgindade e a diferença desse nascimento com relação aos anteriores.

“Mateus construiu a árvore genealógica com muita arte: são três vezes catorze gerações. Trata-se de dois números simbólicos. Três é o número da perfeição. Catorze é o número da cura e da transformação. Na Babilônia havia catorze deuses propícios. Com o seu nascimento, Jesus libertou a humanidade de sua desintegração, para integrá-la. Entrando nesse mundo, ele recuperou a história humana que, muitas vezes, se transforma em história desastrosa. Os três grupos de catorze marcam o auge da história da salvação em Davi; o seu ponto mais baixo ocorre no exílio; e ela se cumpre, finalmente com a vinda de Jesus. Todos os altos e baixos da história de Israel são percorridos e transformados por Jesus”. ( “Jesus, Mestre da salvação” - Anselm Grun, Edições Loyola).



Pe. João Bosco Vieira Leite