Segunda, 28 de dezembro de 2015


(1Jo 1,5—2,2; Sl 123[124];Mt 2,13-18) 
Santos Inocentes.

Este período do Natal é complementado com alguns textos do evangelho, mas o que predomina é a 1ª carta de São João, lida praticamente na íntegra durante os dias da semana. O texto é atribuído a João, o Evangelista, cujo dia celebramos ontem, alguns estudiosos atribuem a outro João ou outro autor. Alguns elementos são comuns ao evangelho, outros são um tanto divergentes com o texto do evangelho. Mas isso aqui não tem muita importância. Busquemos recolher o que nos é possível desse texto durante esses dias.

Ele começa o texto lembrando o tema da Luz em oposição às trevas. Essa simbologia já aplicada no evangelho diz respeito à conduta humana com suas consequências. João quer que evitemos o autoengano , pois quem nega seu pecado não pode receber a purificação pelo sangue de Jesus; quem o confessa o recebe. Este tema introdutório nos coloca na esteira do ano Santo e do perdão que buscamos a partir de um verdadeiro reconhecimento e arrependimento.

Hoje também celebramos os santos inocentes, um possível “massacre” perpetrado por Herodes buscando eliminar o Menino Jesus, tendo a Sagrada família que fugir para proteger o Menino. “A fuga para o Egito e o massacre dos meninos de Belém, ordenado por Herodes, mostram novamente o paralelismo que Mateus desenvolve entre o nascimento de Jesus e de Moisés. Também Moisés foi salvo da perseguição do faraó que tinha ordenado a matança de todos os filhos homens dos hebreus porque ficara com medo, depois que os astrólogos o tinham prevenido contra o nascimento de um libertador de Israel. Como Moisés, Jesus também precisou fugir para o exterior até que Deus o chamasse de volta. [...]Jesus não nasceu em meio a um mundo intato. Desde logo se viu rodeado de assassinato e violência, de intriga dos governantes, de expulsão e miséria. Jesus precisou fugir para o exterior, onde viveu como exilado. É uma situação bem atual em nossos dias. Jesus nasceu numa situação que se assemelha à nossa. Ele experimentou a existência humana em todos os seus altos e baixos. Assumindo tudo, estava em condição de salvar tudo”.  (Anselm Grun – “Jesus, mestre da salvação” – Loyola)



Pe. João Bosco Vieira Leite