Segunda, 7 de dezembro de 2015


(Is 35,1-10; Sl 84[85]; Lc 5,17-26) 
Santo Ambrósio, doutor e bispo.

“A solenidade da Imaculada Conceição é precedida pela memória obrigatória de Santo Ambrósio, um dos grandes doutores da Igreja e bispo de Milão, de onde se originou um rito litúrgico aprovado por Roma, o Rito Ambrosiano ou Milanês. Ambrósio compôs vários hinos para esse rito. O dia 7 de dezembro marca sua ordenação episcopal, aclamada pelo povo de Milão. Lutou contra o paganismo, o arianismo e a degradação social. Sempre preocupado em atender os pobres. Santo Agostinho se converteu diante de sua pregação e pelas suas mãos tornou-se cristão, recebendo o sacramento do Batismo. As orações trazem como temário: a função do pastor, a fidelidade aos ensinamentos do santo celebrado, a coragem em percorrer os caminhos do Senhor.” (“O Ciclo do Natal” – Bruno Carneiro Lira – Paulinas).
Esta segunda semana do advento segue com a entusiasta voz do profeta Isaias na sua maravilhosa visão dos tempos novos. Tempo que certamente ele não experimentou, mas suscitou como esperança no coração dos seus ouvintes, assim valeria a pena continuar caminhando nos caminhos do Senhor esperando a plena realização de suas promessas, mesmo sabendo que nas palavras do profeta havia muita poesia. Jesus age de modo mais concreto, imediato e maravilhoso. Ele contempla a fé daqueles homens que descem um paralítico pelo telhado. O texto é claro no olhar de Jesus para a fé desses homens, não tanto do paralítico. Nas palavras de Jesus se encontram aquilo que fundamentalmente restaura o ser humano, o perdão de Deus para os seus erros, pois sabendo-se perdoado é possível retomar o caminho, ser novamente criado. Mas Jesus vai além, para encantar os olhares dos que estão ali: ele restaura a saúde física daquele homem.
Muitos dependem, no caminho da fé, de alguns outros que insistem em levá-los ao encontro com Deus para serem curados de suas mazelas. Isso exige paciência e perseverança para ver o encontro acontecer. Hoje podemos rezar por tantos irmãos e irmãs que se dedicam a esse difícil serviço da fé, de conduzir outros ao próprio Jesus, porque acreditam na sua capacidade de realizar algo novo na vida dos que se encontram debilitados no corpo ou na alma. Com certeza isso é uma obra de misericórdia.

Pe. João Bosco Vieira Leite