(Gl 4,4-7; Sl 95[96]; Lc 1,39-47)
N. Sra. De Guadalupe
Dentro da nossa caminhada para
o Natal, a Igreja celebra mais uma festa mariana. Recordamos suas aparições ao
índio Juan Diego e seu desejo de se fazer presente ao lado dos “pequenos” do
Reino. Paulo recorda esse momento de plenitude da história em que Jesus entra
em nossa história mudando completamente nossas relações com Deus: agora somos
filhos e herdeiros da vida divina. Dessa vida divina, experimentou por primeiro
a Virgem Maria encontrando em si as ressonâncias do Espírito que a levam à casa
de Isabel na tentativa de auxiliar sua prima. As duas mergulham no mistério de
Deus e no reconhecimento da ação divina em favor do ser humano. Quando as
palavras não são suficientes, Maria eleva um hino de louvor e reconhecimento.
“O cântico de Maria é o mais velho cântico do Advento. Ao mesmo tempo, é o cântico de Advento mais
apaixonado, mais selvagem, quase diríamos: o mais revolucionário que já foi
cantado. Nele não transparece aquela Maria doce e sonhadora das imagens
correntes, mas uma Maria apaixonada, comprometida, entusiasta e audaz. Nada
daqueles acordes melífluos e melancólicos de muitos cânticos natalinos; porém
um cântico duro, forte e implacável contra tronos que se desmoronam e senhores
que se abatem. É o cântico do poder de Deus e da impotências dos homens”. (D.
Bonhoeffer).
Pe. João Bosco Vieira Leite