(Gn 4,1-15.25; Sl 49[50]; Mc 8,11-13) 6ª Semana do Tempo Comum.
“Os fariseus vieram e começaram a
discutir com Jesus. E, para pô-lo à prova, pediam-lhe um sinal do céu”
Mc 8,11.
“Uma
ala do farisaísmo esteve em contínuo litígio com Jesus. Certos fariseus não
perdiam a oportunidade de colocar-lhe armadilhas. Tentavam pegá-lo em uma
palavra passível de ser mal interpretada, para poder acusa-lo diante das
autoridades civis e religiosas. Jesus, porém, sempre se manteve vigilante para
não se deixar enredar. Mas o que eles não aceitavam em Jesus? Entre outras
coisas, a forma irreverente como se referia a Deus, chamando-o de pai; a
pretensão de ser igual a Deus, ao realizar obras que só a este competia fazer;
a insubmissão diante dos preconceitos religiosos; o fato de misturar-se com os
pecadores, marginalizados e gente de má fama. Por sua vez, Jesus não aceitava,
nos fariseus: a hipocrisia deslavada, que os levava a ensinar uma coisa e fazer
outra bem diferente; a insensibilidade diante dos fracos e pequenos, a quem
impunham uma religiosidade opressora; o espírito segregacionista, que lhes dava
ares de superioridade; a teologia anacrônica, incapaz de adaptar-se à novidade
do Reino; a manipulação da religião, reduzida a seus caprichos e interesses. O
conflito ficará sem solução, até que os fariseus decidam eliminar Jesus,
fazendo-o pender de uma cruz. A superação desse conflito acontecerá quando o
Pai ressuscitar seu Filho, por estar do lado dele e dar-lhe razão. – Espírito
de amor, faze-me acolher, de boa vontade, a pessoa de Jesus, mostrando-me
sensível ao seu convite de conversão do Reino” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O
Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] - Paulinas).
Pe.
João Bosco Vieira Leite