Sexta, 21 de fevereiro de 2025

(Gn 11,1-9; Sl 32[35]; Mc 8,34—9,1) 6ª Semana do Tempo Comum.    

“Chamou Jesus a multidão com seus discípulos e disse: ‘Se alguém me quer seguir,

renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga’” Mc 8,34.

“O pré-requisito para o seguimento de Jesus consiste na disposição a renunciar a si mesmo e aos projetos pessoais, e assumir a cruz decorrente desta opção. A cruz desponta na vida do discípulo desde o momento em que opta pelo Reino. Ela não é um fato isolado em sua experiência de seguidor, nem se situa apenas no fim da caminhada. Pelo contrário, acompanha-o ao longo de todo o percurso de fidelidade ao compromisso assumido. A ordem – ‘Tome sua cruz’ – alude à morte de Jesus. Esta experiência só tem explicação a partir de sua fidelidade radical ao Pai. Porque não aceitou desviar-se do caminho traçado por ele, Jesus foi punido por seus inimigos com a morte de cruz. Desta forma, tentaram caracterizá-lo como amaldiçoado por Deus e malfeitor. Ao tomar sua cruz, o discípulo aceita, como Jesus, pautar sua vida pela absoluta fidelidade ao Pai e a seu Reino, embora devendo pagar um alto preço. Se o discípulo imagina poder ser fiel, sem atrair as iras do anti-Reino, está enganado. Por isso, ao propor o seguimento, logo Jesus adverte o discípulo, que deverá passar pela experiência de cruz. Se não está disposto a submeter-se a esta exigência, é melhor recusar o convite. Num momento de dificuldade, é possível que venha a se envergonhar de Jesus. Mas este também envergonhar-se-á dos que assim agem, quando vier na glória do Pai. Portanto, quem estiver disposto a seguir o Mestre, deverá também estar disposto a aceitar a cruz. – Espírito de perseverança, que eu jamais renuncie à cruz que assumi, quando aceitei o seguimento de Jesus. Mas dá-me forças para levá-la até o fim (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] - Paulinas).

Pe. João Bosco Vieira Leite