(Gn 11,1-9; Sl 32[35]; Mc 8,34—9,1) 6ª Semana do Tempo Comum.
“Chamou Jesus a multidão com seus
discípulos e disse: ‘Se alguém me quer seguir,
renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e
me siga’” Mc 8,34.
“O
pré-requisito para o seguimento de Jesus consiste na disposição a renunciar a
si mesmo e aos projetos pessoais, e assumir a cruz decorrente desta opção. A
cruz desponta na vida do discípulo desde o momento em que opta pelo Reino. Ela
não é um fato isolado em sua experiência de seguidor, nem se situa apenas no
fim da caminhada. Pelo contrário, acompanha-o ao longo de todo o percurso de
fidelidade ao compromisso assumido. A ordem – ‘Tome sua cruz’ – alude à morte
de Jesus. Esta experiência só tem explicação a partir de sua fidelidade radical
ao Pai. Porque não aceitou desviar-se do caminho traçado por ele, Jesus foi
punido por seus inimigos com a morte de cruz. Desta forma, tentaram
caracterizá-lo como amaldiçoado por Deus e malfeitor. Ao tomar sua cruz, o
discípulo aceita, como Jesus, pautar sua vida pela absoluta fidelidade ao Pai e
a seu Reino, embora devendo pagar um alto preço. Se o discípulo imagina poder
ser fiel, sem atrair as iras do anti-Reino, está enganado. Por isso, ao propor
o seguimento, logo Jesus adverte o discípulo, que deverá passar pela
experiência de cruz. Se não está disposto a submeter-se a esta exigência, é
melhor recusar o convite. Num momento de dificuldade, é possível que venha a se
envergonhar de Jesus. Mas este também envergonhar-se-á dos que assim agem,
quando vier na glória do Pai. Portanto, quem estiver disposto a seguir o
Mestre, deverá também estar disposto a aceitar a cruz. – Espírito de
perseverança, que eu jamais renuncie à cruz que assumi, quando aceitei o
seguimento de Jesus. Mas dá-me forças para levá-la até o fim” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O
Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] - Paulinas).
Pe.
João Bosco Vieira Leite