(Gn 2,4-9.15-17; Sl 103[104]; Mc 7,14-23) 5ª Semana do Tempo Comum.
“Jesus chamou a multidão para perto de
si e disse: ‘Escutai todos e compreendei: o que torna impuro o homem não é o
que entra nele vindo de fora, mas o que sai do seu interior” Mc 7,14-15.
“Para
os israelitas e também para as primeiras comunidades judeu-cristãs era questão
candente a impureza legal dos alimentos. Jesus deixou claro que nada existe de
sujo ou impuro no exterior do homem, que somente o que seu coração suja isso é
que é o mal perante os olhos de Deus. A santidade enraíza-se no íntimo; o
pecado procede da vontade. Nós julgamos os homens pelo que aparentam; por isso
enganamo-nos muitas vezes em nossos julgamentos. O mérito ou a malícia procedem
da intenção e da vontade. Uma coisa externamente má pode não o ser por falta de
conhecimento ou por falta de vontade. Uma coisa externamente boa pode ser má,
por fazer-se com a intenção distorcida ou com má vontade. A santidade é própria
de todos os batizados. O Concílio Vaticano II é muito claro neste ponto: ‘Na
Igreja, todos, tanto aqueles que pertencem à hierarquia quanto os apascentados
por ela, são chamados à santidade, conforme aquilo que diz o apóstolo: ‘Esta é
a vontade de Deus: a vossa santificação’ (1Tessalonicenses, 4,3). O divino Mestre
e modelo de toda perfeição, o Senhor Jesus, pregou a todos os seus discípulos a
santidade de vida de que ele é o iniciador e consumador: ‘Sede perfeitos, assim
como vosso Pai celeste é perfeito’ (Mateus 5,48). É, pois, completamente claro
todos os fiéis, de qualquer estado ou condição, são chamados à plenitude da
vida cristã e à perfeição da caridade, e esta santidade suscita um nível de
vida mais humano, inclusive na sociedade terrena. Na consecução dessa
perfeição, os fiéis reúnem as forças recebidas, segundo a medida da doação de
Cristo, a fim de que seguindo seus passos e feitos conformes à sua imagem,
obedecendo em tudo à vontade do Pai, entreguem-se com toda a alma à glória de
Deus e ao serviço ao próximo’” (Alfonso
Milagro – O Evangelho meditado para cada dia do ano –
Ave-Maria).
Pe.
João Bosco Vieira Leite