Terça, 18 de fevereiro de 2025

(Gn 6,5-8; 7,1-5.10; Sl 28[29; Mc 8,14-21) 6ª Semana do Tempo Comum.

“Então Jesus os advertiu: ‘Prestai atenção e tomai cuidado com o fermento dos fariseus

e com fermento de Herodes’” Mc 8,15.

“Os rabinos usavam a metáfora da levedura ou do fermento em um mau sentido; o Senhor, conhecedor da Lei e das expressões que costumavam dar os especialistas, emprega-a nesta circunstância com os seus discípulos. A levedura é um agente de corrupção, pela fermentação que produz. Neste sentido, diz o Senhor, que devemos afastar-nos da levedura dos fariseus. Também o apóstolo Paulo aconselha aos coríntios: ‘Purificai-vos do velho fermento (...). Celebremos, pois, a festa [pascal], não com o fermento velho nem com o fermento da malícia e da corrupção...’ (1Coríntios 5,7-8). Todavia Marcos fala de um duplo fermento: o dos fariseus e o de Herodes. É porque ambos são perigosos, mas por conceitos diferentes: o fermento farisaico é o desconhecimento de Cristo e de sua missão messiânica; os fariseus ensinavam a estar muito atentos aos mínimos detalhes da Lei e descuidavam do essencial (Mateus 16,12); o próprio Senhor, em outro lugar, especifica a maldade do fermento dos fariseus, quando diz: ‘Guardai-vos do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia’ (Lucas 12,1). O fermento de Herodes, que escandalizava com sua vida sensual. Indubitavelmente, também de nós é exigido que nos purifiquemos do velho fermento, o do pecado, para celebrarmos a festa da Eucaristia. Também nós, como os discípulos, deveremos preservar-nos da hipocrisia de quem deve ser um testemunho do Senhor; a hipocrisia que se empenha em exterioridade corresponda a uma autêntica interioridade. Cumpramos, sim, as observâncias externas de nossos compromissos religiosos; porém estejamos profundamente atentos à íntima união com o Senhor, por meio da graça e do amor” (Alfonso Milagro – O Evangelho meditado para cada dia do ano – Ave-Maria).

Pe. João Bosco Vieira Leite