(Hb 13,15-17.20-21; Sl 22[23]; Mc 6,30-34) 4ª Semana do Tempo Comum.
“... vos torne aptos a todo bem, para
fazerdes a sua vontade; que ele realize em nós o que lhe agradável,
por Jesus Cristo, ao qual seja dada a
glória pelos séculos dos séculos. Amém!” Hb 13,21.
“No
final da Carta, o autor conclui a sua densa exortação sublinhando novamente a
centralidade de Jesus Cristo, sob uma dupla perspectiva: em relação ao Pai, Ele
é o mediador da nova liturgia de ação de graças (v. 15); em relação aos irmãos,
através do Seu sangue, derramado para uma aliança eterna, Jesus torna possível
na vida concreta o cumprimento pleno da vontade de Deus (v. 21). [Compreender a
Palavra:] Os discípulos de Jesus são convidados, cada dia, a viver na oração e
na vida fraterna a oferta de si mesmos como sacrifício espiritual. A exortação
de São Paulo dirigia aos cristãos de Roma: ‘Peço-vos, irmãos, pela misericórdia
de Deus, que ofereçais os vossos corpos como sacrifício vivo, santo e agradável
a Deus; este é o vosso culto autêntico’ (Rm 12,1), regressa como conclusão da
Carta aos Hebreus na forma de sacrifício de louvor (v. 15) e partilha de bens
(‘são estes sacrifícios que agradam a Deus’ v. 16). Sem dicotomia entre o
sagrado e o profano, a vida cristã é entendida como uma liturgia ininterrupta,
que celebra o dom recebido de Deus com a confissão dos lábios e com as obras de
justiça (vv. 15,21); quer o reconhecimento do nome de Deus, quer o gesto da obediência
(v. 17) que cumpre aquilo que Lhe é agradável. Ele é o grande Pastor do seu
Povo, morto e ressuscitado, que no Seu sangue sancionou com homens a eterna
Aliança” (Giuseppe
Casarin – Lecionário Comentado [Tempo Comum – Vol. 1] –
Paulus).
Pe.
João Bosco Vieira Leite