(Eclo 2,1-13; Sl 36[37]; Mc 9,30-37) 7ª Semana do Tempo Comum.
“Jesus e seus discípulos atravessaram a
Galileia. Ele não queria que ninguém soubesse disso,
pois estava ensinando a seus
discípulos” Mc
9,30-31a.
“No
longo processo de formação, os discípulos foram sendo instruídos no modo de
ser, característico de quem aderiu ao Reino. Jesus ensinou-os a serem
solidários, a cultivar a união fraterna, a estarem sempre prontos para servir.
Não tinham sido organizados a partir de critérios humanos de
superioridade/inferioridade, pois entre eles deveria reinar a igualdade. As
lições do Mestre nem sempre encontraram corações abertos para acolhê-las. Os
discípulos mostravam-se reticentes em abrir mão de sua mentalidade. Daí a
preocupação em saber quem, dentre eles, seria o maior. Ou seja, quem teria
autoridade sobre os outros; quem seria mais importante, objeto da reverência e
do respeito dos demais. Tudo ao inverso do que lhes fora ensinado! Jesus
resumiu, numa frase, um princípio de ação que deveria nortear a vida do
discípulo: ‘Quem quiser ser o primeiro, seja o último de todos e o servo de
todos’. Esta era a pauta de ação. Ele se apresentava como Servo, e sua vida
definia-se como serviço a todos, sem distinção. Nunca esteve em busca de
grandeza, muito menos reduziu os discípulos à condição de escravos seus. Não se
preocupou em granjear a estima e a reverência alheia, a qualquer custo.
Simplesmente seguiu o seu caminho servidor, esforçando-se por remediar as
carências e os sofrimentos humanos. Apresentou-se como exemplo a ser imitado!
– Espírito de simplicidade, que eu não caia na tentação de buscar
honrarias, porque sei que minha vocação é a de servir” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O
Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] - Paulinas).
Pe.
João Bosco Vieira Leite