(Is 35,1-10; Sl 84[85]; Lc 5,17-26) 2ª Semana do Advento.
“Dizei às pessoas deprimidas: ‘Criai
ânimo, não tenhais medo! Vede, é vosso Deus, é a vingança que vem,
é a recompensa de Deus; é ele que vem
para vos salvar” Is
35,4.
“O
Profeta que escreve o texto de hoje viveu num período difícil da história do
seu povo. Em toda a parte, reinavam o silêncio e a morte. Perante essa
desolação, quem teria a coragem de anunciar uma festa, convidar ao júbilo, à
alegria? Pois bem, diante das ruínas, Isaías profere um oráculo de regozijo, de
esperança. [Compreender a Palavra] O profeta começa com um convite à alegria
porque está para acontecer um prodígio: o deserto vai tornar-se uma planície
fértil, como a do Saron, ao longo da costa do Mediterrâneo. Ei-lo que cobre de
árvores frondosas e resistentes como os cedros do Líbano; em Primavera perene,
transforma-se um tapete de ervas aromáticas e de flores. Há um grupo de
testemunhas deste milagre, e o texto identifica-as: são os fracos, os vacilantes,
os pusilânimes. Há, depois, alguns mais fortes, encarregados de encorajarem os
mais fracos, anunciando-lhes que o Senhor está perto. Segue-se um quadro de
curas maravilhosas; os olhos dos cegos descerram-se, os ouvidos dos surdos
abrem-se, o coxo salta como um veado e o mudo grita de alegria. Deste oráculo
nasceu em Israel a convicção de que, à sua vinda, o Messias iria realizar uma
transformação extraordinária do mundo. Realizando os sinais profetizados,
curando todas as paralisias do homem, Jesus apresentou-se como o Messias
esperado” (Giuseppe
Casarin – Lecionário Comentado [Advento - Natal] – Paulus).
Pe.
João Bosco Vieira Leite