Segunda, 09 de dezembro de 2024

(Is 35,1-10; Sl 84[85]; Lc 5,17-26) 2ª Semana do Advento.

“Dizei às pessoas deprimidas: ‘Criai ânimo, não tenhais medo! Vede, é vosso Deus, é a vingança que vem,

é a recompensa de Deus; é ele que vem para vos salvar” Is 35,4.

“O Profeta que escreve o texto de hoje viveu num período difícil da história do seu povo. Em toda a parte, reinavam o silêncio e a morte. Perante essa desolação, quem teria a coragem de anunciar uma festa, convidar ao júbilo, à alegria? Pois bem, diante das ruínas, Isaías profere um oráculo de regozijo, de esperança. [Compreender a Palavra] O profeta começa com um convite à alegria porque está para acontecer um prodígio: o deserto vai tornar-se uma planície fértil, como a do Saron, ao longo da costa do Mediterrâneo. Ei-lo que cobre de árvores frondosas e resistentes como os cedros do Líbano; em Primavera perene, transforma-se um tapete de ervas aromáticas e de flores. Há um grupo de testemunhas deste milagre, e o texto identifica-as: são os fracos, os vacilantes, os pusilânimes. Há, depois, alguns mais fortes, encarregados de encorajarem os mais fracos, anunciando-lhes que o Senhor está perto. Segue-se um quadro de curas maravilhosas; os olhos dos cegos descerram-se, os ouvidos dos surdos abrem-se, o coxo salta como um veado e o mudo grita de alegria. Deste oráculo nasceu em Israel a convicção de que, à sua vinda, o Messias iria realizar uma transformação extraordinária do mundo. Realizando os sinais profetizados, curando todas as paralisias do homem, Jesus apresentou-se como o Messias esperado” (Giuseppe Casarin – Lecionário Comentado [Advento - Natal] – Paulus).

Pe. João Bosco Vieira Leite