Quarta, 25 de dezembro de 2024

(Is 52,7-10; Sl 97[98]; Hb 1,1-6; Jo 1,1-18) Missa do dia.

“E a Palavra se fez carne e habitou entre nós. E nós contemplamos a sua glória,

glória que recebe do Pai como Filho unigênito, cheio de graça e de verdade” Jo 1,15.

“O Evangelho segundo João é uma proclamação da messianidade e divina filiação de Jesus. Lembremo-nos bem de que o Logos, de que fala João, é a Palavra de Deus, o Verbo, a segunda pessoa da Trindade; assim entenderemos melhor a linguagem deste sublime primeiro capítulo do Evangelho joanino. A palavra de Deus estava em Deus, preexistindo desde toda a eternidade e, portanto, tão eterna e sábia quanto Deus Pai. Mas São João apresenta-nos depois esse Verbo, esse Logos ou Palavra de Pai, vindo ao mundo, sempre enviada pelo Pai e enviada para cumprir uma missão: a de transmitir ao mundo uma mensagem de salvação. João apresenta o caráter pessoal desse Verbo ou Logos. É verdade que o Logos foi anteriormente empregado na concepção panteísta própria do estoicismo, como também neoplatônico o empregam como um ‘demiurgo’, isto é, um ente intermediário entre Deus e o mundo sensível. Mas o Logos de São João é totalmente diferente, é uma pessoa vida, o Cristo histórico, criador e redentor do mundo. No Novo Testamento, a Palavra ou Logos designa antes de mais nada a Sagrada Escritura no seu conjunto e, assim, podemos observar que São Paulo expressa habitualmente a mensagem cristã com o termo ‘evangelho’ e também com o de ‘palavra de Deus’” (Alfonso Milagro – O Evangelho meditado para cada dia do ano – Ave-Maria).

Pe. João Bosco Vieira Leite