Quarta, 01 de janeiro de 2025

(Nm 6,22-27; Sl 66[67]; Gl 4,4-7; Lc 2,16-21) Santa Maria, Mãe de Deus.

“Quanto a Maria, guardava todos esses fatos e meditava sobre eles em seu coração” Lc 2,19.

“A sucessão de fatos em torno do nascimento de Jesus desafiava a compreensão de Maria. Sua fé profunda e sua disponibilidade para colaborar no projeto salvífico de Deus não bastavam para leva-la a entender tudo quanto se falava a respeito do menino Jesus. No entanto, ‘observava todas as coisas, meditando-as em seu coração’. Como filha de seu povo, Maria esperava a intervenção divina na História, por meio de seu Messias. Eram muitas as especulações a este respeito. Havia mesmo quem se apresentasse como Messias, esperando ser reconhecido como tal. Outros tentavam descrever a identidade do Messias, recorrendo aos mais variados esquemas, muitas vezes divergentes. Em meio a tantos desencontros, Maria conservava somente uma certeza: a promessa do Senhor haveria de realizar-se. E ansiava por esse dia! O confronto com o seu próprio filho exigiu dela esforço de repensar tudo. Sem dúvida, não estava no seu plano a perspectiva de se tornar tão próxima do Messias, de ser sua mãe. Foi-lhe necessária, desde o início, profunda reflexão, para descobrir o significado de cada evento, em que ela mesma estava implicada. Descortinava-se, para Maria um vasto horizonte que unia sua vida e seu destino ao do Messias Jesus. Sua condição de Mãe do Filho de Deus era algo demasiadamente sublime para ser entendido imediatamente. Daí ser preciso reconsiderar tudo, no íntimo do seu coração. – Espírito de interioridade, ensina-me a considerar, como Maria, o sentido da presença do Senhor na minha vida, e o que isto me reserva na sua obra de salvação” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] - Paulinas).

Pe. João Bosco Vieira Leite