(1Jo 1,5—2,2; Sl 123[124]; Mt 2,13-18) Santos Inocentes Mártires.
“Depois que os magos partiram, o anjo do
Senhor apareceu em sonho a José e lhe disse:
‘Levanta-te, pega o menino e sua mãe e
foge para o Egito! Fica lá até que eu te avise!
Porque Herodes vai procurar o menino
para mata-lo’” Mt
2,13.
“O
triste episódio da perseguição do Messias Jesus e o da matança dos inocentes de
Belém seguem paralelos aos fatos ocorridos no passado, com o recém-nascido
Moisés, no Egito. O Evangelho relaciona Moisés e Jesus, visando identificar
este último como libertador do povo, e guia do verdadeiro Israel. Herodes faz
lembrar a figura do faraó egípcio, que odiou mortalmente os israelitas, os
quais queriam eliminar, lançando mão de meios violentos e cruéis. Apesar da
perseguição sistemática, o pequeno Moisés foi salvo pela Providência divina,
que guiava os acontecimentos para que não se concretizasse o plano malvado do
faraó. Jesus, por sua vez, foi salvo pela intervenção direta de Deus, que, em
sonho, orientou José a respeito das medidas que deveriam tomar. As crianças de
Belém, com menos de dois anos, cruelmente trucidadas, evocam os filhos dos
hebreus, do sexo masculino, vilmente assassinados logo que saiam do vente
materno. Assim como a salvação de Moisés inseria-se num grande projeto de
libertação do povo, do mesmo modo, o menino Jesus foi poupado da morte porque o
Pai lhe havia reservado a tarefa ingente de salvar a humanidade. Então surgiria
o verdadeiro Israel, formado segundo o coração de Deus. A presença do menino
Jesus no Egito faz dele o verdadeiro Moisés. De lá, também haveria de começar
sua missão libertadora. – Espírito de entrega à Providência divina,
dá-me inteligência para perceber como Deus guia minha vida, segundo a sua
vontade, para fazer de mim instrumento de libertação” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O
Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] - Paulinas).
Pe.
João Bosco Vieira Leite