(At 6,8-10; 7,54-59; Sl 30[31]; Mt 10,17-22)
Santo Estevão – Oitava de
Natal.
Os dias feriais (da semana) do Tempo de
Natal tem uma liturgia particular marcada por algumas festas e uma particular
leitura da 1ª Carta de São João, como veremos a partir do dia de amanhã.
Estevão é um dos sete homens escolhidos para auxiliar os apóstolos. A liturgia
nos traz uma breve narrativa que abrange sua ação, perseguição e martírio que
se confunde com o do próprio Jesus, no perdão aos seus algozes. Nesse dia
rezamos pela Igreja perseguida nas diversas situações do mundo atual, como
havia advertido Cristo no seu evangelho e como nos lembra o papa
Francisco: “A recordação do primeiro mártir, Santo Estevão, segue-se
imediatamente à solenidade do Natal. Ontem contemplamos o amor misericordiosos
de Deus, que se fez carne por nós; hoje vemos a resposta coerente do discípulo
de Jesus, que dá a vida. Ontem nasceu na terra o Salvador; hoje nasce no céu a
testemunha fiel. Tanto ontem quanto hoje se manifestam as trevas da rejeição da
vida, mas resplandece, ainda mais forte, a luz do amor, que vence o ódio e
inaugura um mundo novo. Na narração dos Atos dos Apóstolos há um aspecto
particular que aproxima Santo Estevão do Senhor. Trata-se de seu perdão antes
de morrer lapidado. Pregado na cruz, Jesus disse: ‘Pai, perdoa-lhes! Eles não
sabem o que fazem!’ (Lc 23,34). De maneira semelhante Estevão, ‘dobrando os
joelhos, gritou com voz forte: ‘Senhor, não os condenes por este pecado’(At
7,60)’. Estevão é, portanto, mártir, que significa testemunha, porque faz como
Jesus; com efeito é uma verdadeira testemunha que se comporta como Ele: quem
reza, quem ama, quem doa, mas acima de tudo, quem perdoa, porque o perdão, como
evoca a própria palavra, é a expressão mais alta do dom” Angelus, 26
de dezembro de 2015 (Natale Benazzi – Papa Francisco – Todo dia é Natal –
Leya).
O Sl 31 (vv. 3.6-8.17.21) reza a
necessidade do poeta de afirmar quem é Deus para ele a ponto de confiar e
entregar-se. O referido salmo foi rezado por Jesus em seus últimos momentos na
cruz.
Pe. João Bosco Vieira Leite