Terça, 19 de dezembro de 2017

(Jz 13,2-7.24-25; Sl 70[71]; Lc 1,5-25)
3ª Semana do Advento.

“Os textos que constituem a primeira leitura desta novena são dos mais belos e significativos do Antigo Testamento. Apresentam as promessas feitas por Deus pelo boca dos patriarcas e dos profetas: Jaco anuncia aos seus filhos que da tribo de Judá surgirá um grande rei; Jeremias vê surgir um rebento justo da família de Davi; Isaias declara que a Virgem dará à luz um filho; com a história de Sansão é introduzida a imagem do Messias libertador; no poema do Cântico dos Cânticos, a esposa exprime a sua alegria ao ver chegar o seu amado; o pequeno Samuel, filho de uma mulher estéril e sinal dos desvelos de Deus pelo seu povo, é imagem – pálida imagem – do grande dom que no Natal Deus faz ao mundo; Malaquias, o último dos profetas, não anuncia a vinda de um messias qualquer, mas sim do Senhor em pessoa que entra no Templo e dá início a um culto novo. Finalmente, no dia 24 de Dezembro, é proposta a mais importante das profecias, a de Natã, profecia na qual os israelitas depositaram as suas expectativas e, mesmo nos séculos sombrios, encontraram a razão da sua esperança” (Giuseppe Casarin – Lecionário Comentado – Paulus).

Do anúncio de Sansão, cuja mãe era estéril, a liturgia nos leva ao anúncio do nascimento de João Batista, o precursor cuja mãe era estéril: “Eis o que o Senhor fez por mim, nos dias em que ele se dignou tirar-me da humilhação pública” (Lc 1,25). Duas mulheres que esperam e encontraram em Deus a rocha protetora e o amparo necessário, conforme nos indica o Salmo 71 (vv. 3-6.16-17), onde os filhos também encontrarão sua fortaleza: “Uma fortaleza pode ser bem construída e muito forte, mas é inútil se não estivermos dentro dela. Isso também se aplica à fortaleza espiritual, nosso lugar de refúgio, que está no amor e no cuidado de Deus. O salmista disse: ‘desde o ventre materno dependo de ti’ (v. 6). Uma coisa é dizer que Deus é nosso refúgio e até mesmo vê-lo como um forte protetor; outra coisa é de fato entrar na fortaleza de sua presença e confiar plenamente em seu cuidado” (Douglas Connelly - Guia Fácil para entender Salmos - Thomas Nelson Brasil).


Pe. João Bosco Vieira Leite