(Is 11,1-10; Sl 71[72]; Lc 10,21-24)
1ª Semana do Advento.
Em Jesus, Deus se faz Palavra (Verbo)
para comunicar-nos o seu desejo e para fazer-nos filhos no Filho. Primeiramente
ela foi acolhida no ‘sim’ de Maria e ganhou corpo no silêncio da noite de Belém
para habitar entre nós. Essa Palavra vem refrescar a aridez do deserto que
atravessamos e matar a sede desse desejo de sentido que habita em nós. Assim
devemos nos reconhecer mendigos da Palavra, numa atitude de estupefação, como
foi a da Virgem diante do anjo. No sim de Maria uma nova criação se dava e
assim ela se via, como nós, regenerados pelas Palavra, como os discípulos de
Emaús, descobrindo que não estamos sozinhos em nossa peregrinação. Na partilha
da Palavra e do Pão, encontremos um significado novo para o nosso peregrinar.
O Salmo 72 (vv. 2.7-8.12-13.17) é a
nossa alegre resposta ao anúncio feito pelo profeta na 1ª leitura. Talvez tenha
sido escrito por Salomão ou para Salomão, pois trata-se de uma oração pelo rei,
expressando a confiança naquele que governará segundo a vontade de Deus. “O
salmo 72 é um retrato poderoso daquilo que deveria ser o reino de Deus por meio
de um rei ungido. Esse reino foi prenunciado nos primeiros anos do reinado de
Salomão em Israel. Ele se cumprirá no Reino futuro de Jesus sobre a terra.
Também deve ser uma realidade presente em nossa vida quando nos submetemos
totalmente a Jesus como Senhor e Mestre” (Douglas Connelly - Guia
Fácil para entender Salmos - Thomas Nelson Brasil).
Pe. João Bosco Vieira Leite
