(Is 25,6-10; Sl 22[23]; Mt 15,29-37)
1ª Semana do Advento.
Num olhar mais amplo sobre as Sagradas
Escrituras não nos é difícil perceber a história de Deus com a humanidade como
um diálogo que se desenvolve ao longo do tempo: “Nos tempos antigos, muitas
vezes e de muitos modos, Deus falou aos antepassados por meio dos profetas. No
período final em que estamos, falou-nos por meio do Filho” (Hb 1,1-2). É sobre
esse período final que nos concentramos ao início do ano litúrgico, retomando a
atitude de escuta, como a Virgem, para manter aberto esse espaço do diálogo com
o Senhor. A medida em que nos fala Ele se revela, revelando se dá nessa busca
de comunhão revelando o homem ao próprio homem no tempo e na história. Em
Jesus, que esperamos, está a plenitude dessa revelação (cf. Jo 1,18).
Vislumbrando a grande refeição que Deus
dará para todos os povos como expressão de comunhão e felicidade plena, a nossa
liturgia recorda com o salmo 23,1-6 esse pastoreio de Deus sobre a vida dos que
n’Ele confiam e O tem como companheiro de viagem ao longo da travessia da
vida. “O salmo é o hino cantado por quem tem a certeza de que o Senhor
é o Deus da vida, que vence todas as formas de morte. Como um pastor, Ele
introduz num mundo fraterno quem n’Ele confia: é o início do banquete que terá
a sua plena realização no Céu” (Giuseppe Casarin – Lecionário
Comentado – Paulus).
Pe. João Bosco Vieira Leite