Quarta, 06 de dezembro de 2017

(Is 25,6-10; Sl 22[23]; Mt 15,29-37) 
1ª Semana do Advento.

Num olhar mais amplo sobre as Sagradas Escrituras não nos é difícil perceber a história de Deus com a humanidade como um diálogo que se desenvolve ao longo do tempo: “Nos tempos antigos, muitas vezes e de muitos modos, Deus falou aos antepassados por meio dos profetas. No período final em que estamos, falou-nos por meio do Filho” (Hb 1,1-2). É sobre esse período final que nos concentramos ao início do ano litúrgico, retomando a atitude de escuta, como a Virgem, para manter aberto esse espaço do diálogo com o Senhor. A medida em que nos fala Ele se revela, revelando se dá nessa busca de comunhão revelando o homem ao próprio homem no tempo e na história. Em Jesus, que esperamos, está a plenitude dessa revelação (cf. Jo 1,18).

Vislumbrando a grande refeição que Deus dará para todos os povos como expressão de comunhão e felicidade plena, a nossa liturgia recorda com o salmo 23,1-6 esse pastoreio de Deus sobre a vida dos que n’Ele confiam e O tem como companheiro de viagem ao longo da travessia da vida. “O salmo é o hino cantado por quem tem a certeza de que o Senhor é o Deus da vida, que vence todas as formas de morte. Como um pastor, Ele introduz num mundo fraterno quem n’Ele confia: é o início do banquete que terá a sua plena realização no Céu” (Giuseppe Casarin – Lecionário Comentado – Paulus).


 Pe. João Bosco Vieira Leite