(At 5,34-42; Sl 26[27]; Jo 6,1-15)
2ª Semana da Páscoa.
A figura de Gamaliel na 1ª leitura
aparece como uma intervenção do próprio Deus para que os Apóstolos estendam
ainda mais um pouco a ação do evangelho, como uma chama que não poderá mais ser
contida, pois é espalhada pelo sopro do Espírito. A caridade que fez aquele garoto
dispor de seus cinco pães e dois peixes para dividi-los com os outros permitiu
a Jesus espalhar a chama do amor, da partilha como um sinal da relação nova que
elimina a indigência do outro pela minha capacidade de dividir e que não
concebe o esperdício. Sim, um sinal, como diz João, também do pão da Eucaristia
que nos alimenta de forma igualitária, mas que não surte, ainda, o mesmo
efeito: fazer-nos um outro Cristo disposto a partilhar a vida buscando soluções
viáveis para os problemas da vida. “Jesus revela Sua alteridade divina
preocupando-se com a vida dos seres humanos. Com efeito, a superabundância dos
recursos tornada disponível pela sua atuação, parte da sua determinação em
partilhar com os seres humanos a Si próprio e quanto de material está a sua
disposição” (Giuseppe Casarin – Lecionário Comentado –
Paulus).
Pe. João Bosco Vieira Leite