Segunda, 24 de abril de 2017

(At 4,23-31; Sl 2; Jo 3,1-8) 
2ª Semana da Páscoa.

É importante para nós percebermos essa reação que tem a comunidade primitiva após a liberdade de Pedro e João, pois rezam na certeza de que tais situações se farão sempre presente então pedem-lhe coragem para seguir anunciando a boa nova. Deus confirma o pedido derramando outra vez o seu Espírito. Na dinâmica desse mesmo Espírito, Jesus trava um diálogo com Nicodemos, que vive a fé sob outra perspectiva. Jesus não se fecha a tal diálogo. Jesus lhe faz ver que para viver a dimensão cristã é preciso nascer de novo, não literalmente, mas do Espírito de Deus que reconstrói o ser humano para que seja uma nova criatura. Tudo isso exige abertura e sede dessa vida nova. “Nesta primeira parte do diálogo com Jesus, Nicodemos raciocina a partir dos dados da experiência, sem preconceitos para com quem está na sua frente. Mas Jesus fala, como acontece amiúde nos evangelhos, e, sobretudo em João, a um outro nível de profundidade. Existe para cada homem a possibilidade de receber a vida de Deus, para além do fato de ser materialmente nascido através do modo comum de todos os homens. A vida de cada um vem do sopro primordial de Deus, que anima e modela todas as realidade, e o Espírito existe, mesmo que não seja possível explicar a sua existência e atividade” (Giuseppe Casarin – Lecionário Comentando – Paulus).  


  Pe. João Bosco Vieira Leite