(At 4,23-31; Sl 2; Jo
3,1-8)
2ª Semana da Páscoa.
É importante para nós percebermos essa reação que
tem a comunidade primitiva após a liberdade de Pedro e João, pois rezam na
certeza de que tais situações se farão sempre presente então pedem-lhe coragem
para seguir anunciando a boa nova. Deus confirma o pedido derramando outra vez
o seu Espírito. Na dinâmica desse mesmo Espírito, Jesus trava um diálogo com
Nicodemos, que vive a fé sob outra perspectiva. Jesus não se fecha a tal
diálogo. Jesus lhe faz ver que para viver a dimensão cristã é preciso nascer de
novo, não literalmente, mas do Espírito de Deus que reconstrói o ser humano
para que seja uma nova criatura. Tudo isso exige abertura e sede dessa vida
nova. “Nesta primeira parte do diálogo com Jesus, Nicodemos raciocina a partir
dos dados da experiência, sem preconceitos para com quem está na sua frente.
Mas Jesus fala, como acontece amiúde nos evangelhos, e, sobretudo em João, a um
outro nível de profundidade. Existe para cada homem a possibilidade de receber
a vida de Deus, para além do fato de ser materialmente nascido através do modo
comum de todos os homens. A vida de cada um vem do sopro primordial de Deus,
que anima e modela todas as realidade, e o Espírito existe, mesmo que não seja
possível explicar a sua existência e atividade” (Giuseppe Casarin – Lecionário
Comentando – Paulus).
Pe.
João Bosco Vieira Leite