Quarta, 19 de abril de 2017

(At 3,1-10; Sl 104[105]; Lc 24,13-35) Oitava de Páscoa.

Encontramos os apóstolos que vão ao templo para rezar e encontram um homem coxo a pedir esmola. De Pedro ele recebe mais do poderia se esperar, a recuperação da mobilidade. Assim ele pode retomar a sua relação com Deus (entrar no Templo) e com as pessoas de um modo mais eficiente. É Jesus agindo pelas mãos dos seus discípulos. A boa nova não consiste tão somente num anúncio, mas em obras que atestem essa presença do Reino. No evangelho temos o belo texto da narrativa de Emaús, que será retomado no 3º Domingo da Páscoa desse ano. Um texto profundamente catequético, que se nos revela no modo gradual em que o mistério de Jesus ressuscitado vai se desenvolvendo. O texto lembra, principalmente, que nós que não vimos, nem comemos com Ele, temos os mesmos dons e sinais que deixou para os discípulos de todos os tempos: Palavra e Eucaristia. Na celebração Ele nos fala em seu evangelho e nós o tocamos, comemos com Ele pela Eucaristia. Que nossos olhos se abram a essa dimensão e estejamos no mundo transfigurados por essa presença.  “O caminho de Emaús, que nos é proposto pelo Evangelho, marca paradigmaticamente as etapas que cada crente é chamado a percorrer para encontrar o Senhor. Aquele que vive para sempre acompanha a nossa vida, mesmo quando uma vivência problemática e contraditória nos faz olhar para nós mesmos, nos impede de confiar em Deus e de O reconhecer presente” (“Lecionário Comentado” – Giuseppe Casarin – Paulus).

Padre João Bosco Vieira Leite.